Pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos: "no dia seguinte da eleição vem lá um 'tarifaço', que atinge fortemente os assalariados", afirmou (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2014 às 20h36.
São Paulo - O provável candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB), afirmou nesta quarta-feira que o controle que se estabelece sobre a inflação oficial no governo da presidente Dilma Rousseff "é um controle da fase pré-Real, onde se seguram os preços administrados, como os de combustível e energia para depois da eleição", afirmou.
Segundo Campos, a população brasileira já tem experiência nesse tipo de prática e já prevê um ajuste logo após o pleito. "No dia seguinte da eleição vem lá um 'tarifaço', que atinge fortemente os assalariados", afirmou.
De acordo com o ex-governador de Pernambuco, a inflação só está dentro do limite da meta por conta dessa política de preços administrados. "Se não fosse isso, já estava acima do teto da meta", disse.
Questionado se o plano econômico de um eventual governo do PSB contemplaria o aumento dos preços logo no início de 2015, Campos não se comprometeu e afirmou que o que o País precisa é "de agências reguladoras bem governadas". "É preciso que tenhamos outro padrão na escolha dos que dirigem as agências hoje no País", disse.
Segundo ele, hoje as agências são chefiadas "na base da indicação política". "No nosso governo será na base da seleção por mérito, transparente." Campos participou nesta quarta-feira, em São Paulo, ao lado de Marina Silva, sua provável vice, de um encontro para debater o futuro programa econômico que o PSB pretende defender durante as eleições.
A reunião-debate contou com a participação de economistas e empresários, entre eles, André Lara Resende, Eduardo Giannotti e Carlos Siqueira. Além disso, estiveram no encontro a socióloga Neca Setubal e o ex-deputado Maurício Rands, ambos serão os coordenadores do programa econômico do PSB.