Valdemar da Costa Neto (PL) (José Cruz/ABr/Agência Brasil)
Agência O Globo
Publicado em 7 de abril de 2022 às 10h31.
Última atualização em 7 de abril de 2022 às 10h33.
Após o PL se tornar a maior bancada da Câmara de deputados com o fim da janela partidária, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, disse que a legenda precisará receber doações para viabilizar a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, governadores, senadores e deputados.
Apesar de apontar dificuldade financeira e relacionar o êxito ao desempenho nas urnas do presidente Jair Bolsonaro, o cacique do Centrão diz que o PL poderá se manter como a maior bancada.
— Dependemos muito do desempenho do presidente. Eu acho que dá (para se manter como maior bancada), porque veio muita gente boa para o partido, gente que vai disputar pela primeira vez e vai ganhar. Gente forte desse pessoal de direita que eu não tinha contato com esse pessoal, é gente séria. São grupos fortes que entraram e cada segmento desse pede um deputado federal — disse Valdemar, acrescentando: — Para senador, temos certeza que vamos aumentar nossa bancada, mas para deputado nós temos que trabalhar muito, nosso grande problema vai ser recurso, porque nós temos um recurso desse tamanho (pequeno, gesticula) e o partido ficou desse tamanho (sinaliza grande).
Valdemar disse ser favorável à aprovação de propostas de que a divisão do fundo eleitoral só seja feita após a janela partidária.
— Existe proposta de dividir o fundo eleitoral só depois da janela (partidária). Um partido que ficou com oito deputados tem quase o mesmo dinheiro que nós que fomos para oitenta deputados. É uma boa ideia, precisava fazer lei para isso (...) Vamos ter que ir atrás de doação. O duro é que é só de pessoa física e vamos ter que lutar por isso. O dinheiro nosso não dá nem para sair. Temos 17 candidatos ao Senado, 12 ao governo do estado, como o pessoal vai trabalhar sem um tostão? — questiona o presidente do PL.
Valdemar lembrou ainda que, devido aos custos elevados, a campanha presidencial será a prioridade dos investimentos do partido.
Em 2018, Bolsonaro gastou apenas 2,8 milhões. Neste ano, além de mais tempo de TV e maior recurso para propaganda, a campanha precisar ressarcir os cofres públicos pelo uso do avião presidencial.
— (A campanha para presidente será) cara. Parece que são R$ 17 mil por hora só com combustível. Ele vai ter que usar avião todo dia. Temos que dar preferência para ele. Agora, nós temos que ter doação — disse Valdemar.