Brasil

Caminhoneiros pedem adesão de portuários à paralisação

Sindicato dos Estivadores de Santos deve marcar assembleia para discutir proposta no sábado (26)

Portos: adesão deve incluir estivadores, capatazes, conferentes de cargas, guardas-portuários e funcionários administrativos (Paulo Fridman/Bloomberg)

Portos: adesão deve incluir estivadores, capatazes, conferentes de cargas, guardas-portuários e funcionários administrativos (Paulo Fridman/Bloomberg)

AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de maio de 2018 às 18h48.

Os trabalhadores portuários foram chamados a aderir à paralisação deflagrada pelos caminhoneiros em todo país. O Sindicato dos Estivadores de Santos (SP) deve marcar assembleia para discutir a proposta no próximo sábado (26). Em debate, a alta do preço dos combustíveis e o impacto no cotidiano da categoria.

O vice-presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Everandy Cirino dos Santos, ressaltou que a adesão deve incluir estivadores, capatazes, conferentes de cargas, guardas-portuários e funcionários administrativos.

"Os caminhoneiros estão pedindo apoio aos portuários e a outras categorias. Ainda não nos reunimos, mas vamos discutir o assunto nos próximos dias", afirmou Cirino.

Porto de Santos

Só no Porto de Santos (SP), a eventual adesão dos trabalhadores portuários deve envolver 7 mil pessoas.

O presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão, Rodnei Oliveira da Silva, afirmou que o apoio ao movimento dos caminhoneiros é natural. "Historicamente temos contado com a solidariedade dos caminhoneiros em nossas lutas, principalmente porque as reivindicações são justas e dizem respeito a uma questão que afeta a todos os cidadãos", observou.

Pelo menos um terço da riqueza brasileira é transportado via Porto de Santos, o maior da América Latina. Pelos dados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), em março, com o início da safra agrícola, 12,2 milhões de toneladas de cargas passaram pela Baixada Santista - a terceira melhor marca de toda a série histórica mensal.

No primeiro trimestre do ano, foram movimentados 30,9 milhões de toneladas (um resultado 10,8% superior ao do mesmo período de 2017).

Questão econômica

Após três dias consecutivos de paralisação, o ministro do Trabalho, Helton Yomura, afirmou que a questão é, sobretudo, econômica. "Esta é uma questão pontual, que envolve mais a área econômica", disse.

Yomura participou, em Brasília, de um evento sobre as políticas públicas de estímulo à geração de emprego.

"O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, já deu, ontem, uma resposta da equipe econômica para solucionar o problema. Acreditamos que isso logo será resolvido e, naquilo que pudermos colaborar, estaremos atentos", disse o ministro, referindo-se ao anúncio de que o governo federal e o Congresso Nacional acordaram reduzir o preço do diesel por meio da eliminação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o diesel - medida que, até aqui, se mostrou insuficiente para satisfazer os caminhoneiros.

Acompanhe tudo sobre:CaminhoneirosCombustíveisGrevesPortosProtestos

Mais de Brasil

Homem-bomba gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício dias antes do atentado

O que muda com projeto que proíbe celulares nas escolas em São Paulo

Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025

Casos respiratórios graves apresentam alta no Rio e mais 9 estados