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Câmara vai instalar comissão especial que deve discutir voto distrital misto

Data ainda não foi definida. Grupo também deve discutir outros propostas de mudanças no código eleitoral

Senado também discute uma proposta de novo código eleitoral (Mário Agra/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Senado também discute uma proposta de novo código eleitoral (Mário Agra/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Agência o Globo
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Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 21h06.

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A Câmara dos Deputados pretende instalar uma comissão especial para discutir propostas de mudanças no código eleitoral brasileiro. Um dos temas que estarão nas mesas de debate é a possibilidade do país ter o voto distrital misto para eleições de deputados, que combina regras do voto distrital, com o voto em listas fechadas. A proposta é do ex-senador José Serra (PSDB-SP) e tramita na Câmara desde 2017.

No sistema de votação atual, o proporcional, os eleitores votam em candidatos ou partidos, e as cadeiras são distribuídas de acordo com a proporção de votos que cada partido recebeu. A legenda que recebeu mais votos, tem mais cadeiras. No voto distrital, o estado é dividido em distritos, e cada distrito elege apenas um representante, o mais votado.

No sistema distrital misto, o número de vagas de cada estado é divido ao meio, metade seria preenchida pelo sistema distrital, e a outra metade pelo sistema proporcional. Se um estado tem 10 cadeiras de deputado federal, cinco serão escolhidos na modalidade do voto distrital e cinco no voto proporcional. Os distritos seriam demarcados pela Justiça Eleitoral de acordo com o número de habitantes.

"Ficou decida a criação de uma comissão especial, com amplo debate sobre a proposta. Ela deve ser criada pelo presidente (da Câmara) nos próximos dias", disse o líder do PSD, Antonio Brito (BA).

O Senado, porém, também discute uma proposta de novo código eleitoral, relatada por Marcelo Castro (MDB-PI), que já havia sido aprovada pela Câmara em 2021. O texto reúne mais detalhes das regras eleitorais, como atenuar punições a partidos e políticos que cometem irregularidades e abrir brecha para que as legendas burlem a cota mínima de 30% de candidaturas femininas nas disputas legislativas. A proposta ainda flexibiliza as obrigações sobre prestações de contas, libera doações eleitorais via PIX e regulamenta as chamadas candidaturas coletivas.

A ideia é que a comissão especial também faça um panorama de tudo proposta sobre mudanças eleitorais, na tentativa de unificar todas as modificações em um só código.

Em 2021, a Câmara rejeitou um proposta que previa a formação do distritão, seriam eleitos os candidatos a deputado mais votados em cada estado, sem levar em conta o peso de cada legenda.

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