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Câmara se reunirá para discutir cassação de João Paulo

A Casa também vai decidir se suspenderá o salário e demais benefícios a que o parlamentar tem direito


	João Paulo Cunha: Antes de ser preso, deputado reafirmou que não pretende renunciar ao mandato, diferentemente dos outros três deputados condenados no julgamento
 (Renato Araújo/Agência Brasil)

João Paulo Cunha: Antes de ser preso, deputado reafirmou que não pretende renunciar ao mandato, diferentemente dos outros três deputados condenados no julgamento (Renato Araújo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 14h42.

São Paulo - A Mesa Diretora da Câmara deve decidir na próxima semana se abrirá processo de cassação contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), preso nessa terça-feira, 4, por envolvimento no mensalão.

A Casa também vai decidir se suspenderá o salário e demais benefícios a que o parlamentar tem direito.

Antes de ser preso, João Paulo Cunha reafirmou que não pretende renunciar ao mandato, diferentemente dos outros três deputados condenados no julgamento, José Genoino (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP).

Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) já se manifestou pela perda automática de mandato em casos de condenação.

A Mesa Diretora decidiu, em julho do ano passado, suspender os benefícios do deputado Natan Donadon (sem partido-RO), preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), determinou a interrupção do pagamento do salário, das verbas de gabinete e a entrega do apartamento funcional, mesmo após Donadon ter o mandato mantido pelos colegas em sessão que analisou o pedido de cassação.

O caso de João Paulo Cunha, no entanto, é considerado diferente pois o petista foi condenado a regime semiaberto. Donadon cumpre pena em regime fechado. A diferença poderá interferir na decisão da Mesa Diretora.

João Paulo Cunha foi condenado a 6 anos e 4 meses de prisão por peculato e corrupção. Não cabe mais recurso em relação a esses crimes. Ele foi condenado a mais 3 anos de prisão por lavagem de dinheiro, mas terá direito a nova análise da pena pelo STF.

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