Aeroporto de Viracopos, em Campinas (Divulgação/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 29 de agosto de 2024 às 06h57.
Última atualização em 29 de agosto de 2024 às 07h00.
A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que permite a utilização do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC) para ampliação de crédito a companhias aéreas. os recursos do Fnac poderão ser utilizados para empréstimos a empresas aéreas junto ao BNDES. Será possível financiar compra de aeronaves e demais investimentos.
Além disso, a proposta também permite que o Ministério dos Portos e Aeroportos utilize o fundo para subsidiar aa compra de querosene de avição (QAV) para rotas das companhias aéreas na Amazônia Legal. O governo pretende socorrer as empresas em cerca de R$ 4 bilhões neste ano, mas o valor pode subir.
Na prática, o novo Fnac vai funcionar como uma fonte de crédito permanente para fomentar a aviação civil. Será um mecanismo semelhante ao da Marinha Mercante — destinado a prover recursos para o desenvolvimento da indústria de construção e reparação naval brasileira.
O Fnac é abastecido por outorgas pagas pelas concessionárias dos aeroportos. Enquanto os recursos não são aplicados, ficam depositados na Conta Única do Tesouro Nacional.
O texto que saiu do Senado ainda previa a proibição do pagamento por parte de agências e companhias aéreas de indenizações por dano moral a clientes e passageiros. Mas o trecho foi retirado pela Câmara.
"Eu retirei do texto. Não estava claro na proposta e poderia piorar as questões judiciais sobre o tema. A Câmara pode se debruçar sobre o tema no futuro para dizer claramente quais as causas que levam a empresa a ser responsabilizada", disse o relator Paulo Azi (UNIÃO-BA).