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Câmara deve aprovar reforma da Previdência em julho, diz Marun

O deputado pedirá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a quem cabe pautar a matéria, que marque o início da votação para o final de junho

Carlos Marun: a base aliada dividiu "energias" entre a reforma da Previdência e votações no plenário (Agência Brasil/Agência Brasil)

Carlos Marun: a base aliada dividiu "energias" entre a reforma da Previdência e votações no plenário (Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de junho de 2017 às 16h12.

O presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), afirmou nesta quinta-feira, 1, que o calendário de que "devemos e vamos seguir" prevê a aprovação da proposta na Casa antes do início do recesso parlamentar, previsto para começar em 15 de julho.

O peemedebista afirmou que pedirá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a quem cabe pautar a matéria, que marque o início da votação para o final de junho, entre os dias 25 e 26.

"Entendo que podemos começar essa votação ainda no mês de junho, mas talvez no final do mês de junho. Temos aí a reforma trabalhista sendo votada no Senado, que também despende nossas energias. Então, diria hoje que o calendário que devemos e vamos seguir é a aprovação na Câmara em primeiro e segundo turnos ainda no primeiro semestre (Legislativo, antes do recesso parlamentar). O presidente Rodrigo Maia é quem decide sobre isso mas acredito que deva, talvez, ser a posição dele também", disse Marun em entrevista à imprensa.

O presidente da comissão especial disse entender que, caso a votação da Previdência no plenário comece até 25, 26 de junho, haverá tempo hábil para concluir a apreciação da matéria na Câmara até 15 de julho, quando começa o recesso.

"Entendemos que em iniciando essa votação até o dia 25, 26 de junho, há tempo para votarmos primeiro e segundo turnos aqui na Câmara até o dia 15 de julho. Essa seria uma data limite para que pudéssemos votar aqui em primeiro e segundo turno", declarou.

Marun ressaltou que vai sugerir a Maia que inicie a votação nessa data.

"Ela acontece depois das festas juninas, quando existe uma tradição de acompanhamento pelos parlamentares e o quórum aqui tradicionalmente não é robusto. Avaliando que é certo que a aprovação da reforma trabalhista no Senado traz ambiente positivo para PEC (da Previdência) aqui da Câmara, diria hoje que, da reunião ontem, houve muito conforto em sugerirmos essa data. Agora é uma decisão dele (Rodrigo Maia)", afirmou.

Em entrevista nesta semana, o presidente da Câmara já tinha dito que pretende colocar a reforma da Previdência em votação no plenário da Câmara antes do início do recesso parlamentar. Ele não deu, porém, uma data específica para o início da votação.

Nos bastidores, aliados de Maia afirmam que ele aguarda o julgamento que pode levar à cassação do presidente Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), previsto para começar na próxima terça-feira, 6, para definir a data.

Na entrevista de hoje, Marun afirmou que, em razão da crise política, a base aliada dividiu "energias" entre a reforma da Previdência e votações no plenário, na tentativa de superar a imagem de "imobilismo" do governo.

Ele disse, porém, que retomou o foco das articulações para a reforma.

"Ontem, inclusive, reuni membros da base na comissão para ouvir deles um feedback em relação a quantas andam as discussões, o processo de esclarecimento de parlamentares ainda indecisos", disse.

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