Plenário da Câmara dos Deputados durante a votação da MP dos Portos (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2013 às 09h43.
Brasília - Após pressão do PSDB para encerrar a sessão aberta para concluir a votação da Medida Provisória dos Portos (MP 595) na Câmara, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), decidiu manter a sessão aberta e, por volta das 8h25 já havia quórum suficiente para apreciar a redação final da proposta.
Há cerca de meia hora, parlamentares ligados ao próprio governo já reconheciam a possibilidade de derrota e admitiam que a MP poderia caducar - o texto perde a validade hoje e ainda precisa passar pelo plenário do Senado.
Alves resolveu abrir uma nova sessão e dar mais 30 minutos para que o quórum mínimo - 257 deputados - fosse alcançado. Passado esse tempo, com o aumento gradativo do número de parlamentares no plenário, os tucanos subiram à tribuna para fazer pressão e exigir que Alves encerrasse a sessão, como indicou que faria.
O presidente da Casa ficou irritado com a pressão e avisou, então, que, por responsabilidade, manteria a sessão aberta.
Em protesto, o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) rasgou uma cópia impressa do regimento. Surpreendentemente, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que liderou a rebelião da base aliada contra a MP 595, passou a adotar um discurso conciliador.
Da tribuna, Cunha disse que o papel da Casa naquele momento era entregar a MP 595 para apreciação do Senado.