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Câmara anula decisão do TSE sobre bancadas

Câmara aprovou projeto que susta os efeitos de uma decisão que redefiniu a quantidade de deputados já para as eleições de 2014

Votação projeto de decreto legislativo que susta os efeitos da resolução expedida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

Votação projeto de decreto legislativo que susta os efeitos da resolução expedida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 21h10.

Brasília - A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira, 27, o projeto de decreto legislativo que susta os efeitos de uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que redefiniu a quantidade de deputados federais em 13 Estados já para as eleições de 2014. Na votação, 230 deputados apoiaram o projeto, enquanto que 60 foram contrários.

Com a decisão, fica anulada uma determinação do Tribunal, de maio, que havia recalculado o número de representantes por Unidade da Federação de acordo com dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010 - as atuais bancadas têm por base a população apurada em 1998.

Apesar de já ter sido aprovada pelas duas Casas no Congresso, os Estados que se beneficiaram com a decisão do TSE prometem judicializar a questão. "Há um entendimento dos governos estaduais irem ao Supremo", disse o líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE).

Caso aprovada, a decisão do TSE reduziria em uma vaga as bancadas de Alagoas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Também seriam removidas duas vagas da Paraíba e do Piauí. Ganhariam lugares, por sua vez, Amazonas (1), Santa Catarina (1), Ceará (2), Minas Gerais (2) e Pará (4).

O principal argumento dos que votaram pelo projeto de decreto legislativo - e contrários à modificação do número de bancadas - é que a prerrogativa para tratar do assunto é do Congresso Nacional, e não do Judiciário. Já os Estados que se beneficiaram alegaram que houve mudanças demográficas significativas no período, que dão razão ao determinado pelo TSE. "Nós temos a percepção que o TSE corrige uma distorção história", justificou Figueiredo, do PDT.

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