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Cães usados na busca em prédio de SP que desabou não encontram vítimas

Segundo os bombeiros, a reação dos cães indica que as buscas precisarão ser aprofundadas com o uso de máquinas pesadas.

Desabamento: até o momento, os bombeiros estão considerando que existam quatro vítimas sob os escombros (Leonardo Benassatto/Reuters)

Desabamento: até o momento, os bombeiros estão considerando que existam quatro vítimas sob os escombros (Leonardo Benassatto/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de maio de 2018 às 19h41.

Os cães farejadores utilizados pelas equipes do Corpo de Bombeiros nas buscas de sobreviventes no prédio que desabou ontem no centro da capital, não detectaram, até a fim da tarde de hoje (2), nenhum sinal de pessoas sob a montanha de escombros que restou do edifício. Segundo os bombeiros, a reação dos cães indica que as buscas precisarão ser aprofundadas com o uso de máquinas pesadas.

"Dois cães estão atuando no momento, esses cães não indicaram nenhum indício de que havia alguma pessoa. Isso é indício de que a gente precisa avançar na escavação. Se o cão não solicitou o seu condutor para nenhum tipo de indício, isso quer dizer que a gente vai ter de escavar um pouco mais. E essa escavação vai demandar as retroescavadeiras", disse o capitão da corporação Marcos Palumbo.

Até o momento, os bombeiros estão considerando que existam quatro vítimas sob os escombros, dois adultos e duas crianças. Em razão da maior possibilidade de sobrevivência das vítimas nas primeiras 48 horas depois do colapso do edifício, a ação das equipes deverá continuar até a próxima madrugada de forma manual, sem o uso de maquinário pesado.

Segundo Palumbo, há maior probabilidade da localização de vítimas nos andares mais baixos, e também nos subsolos, que eram usados como moradia. "No subsolo há vigas, há pilares com maior capacidade de sobrecarga. Quem sabe se a gente conseguir chegar nas partes inferiores, onde também havia a maioria das pessoas, a gente pode começar a encontrar alguma vítima".

No momento, duas retroescavadeiras trabalham nas beiradas dos escombros, na tentativa de liberar o acesso a uma caixa de energia elétrica da rua, por onde passam cabos com 21 mil volts. Caso o acesso não seja obtido, a energia de todas ruas do entorno terá de ser desligada para a continuidade do trabalho de resgate.

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