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Cachoeira tem 10 dias para constituir nova defesa

Depois da saída do ex-ministro da Justiça do caso, ex-contraventor esteve em audiência, mas não foi ouvido

Carlos Augusto de Almeida Ramos, mais conhecido como "Carlinhos Cachoeira" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Carlos Augusto de Almeida Ramos, mais conhecido como "Carlinhos Cachoeira" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2012 às 21h56.

Brasília - Depois de romper com o escritório de advocacia do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, chegou algemado e sem terno para a audiência de instrução do processo da operação Saint Michel. De malha azul e calça, permaneceu calado durante toda a sessão. Ele também não contou com o apoio da companheira, Andressa Mendonça, e nem de seus familiares. Por ordem judicial, Andressa está proibida de se aproximar de Cachoeira ou de qualquer um dos réus da operação Monte Carlo. Era ela a responsável por organizar viagens dos parentes do bicheiro para os julgamentos.

Com a saída do ex-ministro da Justiça do caso, Cachoeira tem prazo de 10 dias para constituir nova defesa. Rafael Turcherman, advogado do escritório de Bastos, acompanhou a audiência, mas não falou com a imprensa.

Cachoeira não foi ouvido nesta quarta. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) remarcou para 29 de agosto o depoimento dos réus da operação Saint Michel. A defesa dos acusados alegou que duas testemunhas ainda não foram ouvidas na ação que investiga fraudes no sistema de bilhetagem do transporte público de Brasília.

Único réu a depor, Gleyb Ferreira falou que era apenas funcionário de Cachoeira e que trabalhava para viabilizar negócios das empresas do grupo com governos e outros empresários. As informações foram publicadas no twitter do TJDF. A juíza Ana Cláudia indeferiu todos os pedidos para que os jornalistas pudessem acompanhar a audiência pública. Ela alegou falta de espaço na sala.

Os advogados de Gleyb pediram que a magistrada convertesse a prisão preventiva em medida cautelar. A defesa alega que a licitação para a bilhetagem sequer ocorreu. Já a defesa de Heraldo Puccini pediu que o decreto de prisão fosse revogado. O ex-diretor da Delta no Sudeste está foragido. O MP pediu vista para analisar os pedidos.

Nesta quarta foram ouvidas duas testemunhas de acusação - Milton Martins, ex-diretor do DFTrans, e José Walter, secretário de Transportes do DF, e duas de defesa.

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