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Cabral culpa décadas de abandono por enchentes

Dois radares de alta precisão para previsão meteorológica anunciados pelo governo do estado há mais de dois anos ainda não estão em operação


	Sérgio Cabral: Cabral não percorreu a pé áreas atingidas e anunciou para sexta-feira, 13, uma reunião com o ministro da Integração Nacional
 (Fernando Frazão/ABr)

Sérgio Cabral: Cabral não percorreu a pé áreas atingidas e anunciou para sexta-feira, 13, uma reunião com o ministro da Integração Nacional (Fernando Frazão/ABr)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 16h17.

Rio - Há sete anos no cargo, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) culpou nesta quinta-feira, 12, as "décadas de abandono" pelas enchentes e mortes causadas pelas chuvas na Baixada Fluminense, além das prefeituras pela ocupação irregular das áreas de risco.

Durante a entrevista, após reunião com sete secretários estaduais e dez prefeitos da Baixada, no quartel dos bombeiros de Nova Iguaçu, Cabral foi interpelado por um morador do município.

Identificado como Adriano Naval, ele afirmou que nenhuma casa foi construída, nem nenhum morador da cidade foi reassentado após seis anos do Projeto Iguaçu de saneamento básico. "Não é verdade. O rio Iguaçu não passa só em Nova Iguaçu. A segunda fase é que vai atender agora o município de Nova Iguaçu", contestou o governador.

Cabral não percorreu a pé áreas atingidas e, após receber um telefonema da presidente Dilma Rousseff durante a entrevista, anunciou para sexta-feira, 13, uma reunião com o ministro da Integração Nacional, no Centro Integrado de Comando e Controle.

Dois radares de alta precisão para previsão meteorológica anunciados pelo governo do estado há mais de dois anos ainda não estão em operação. O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) atribuiu o atraso à realização de uma licitação internacional e deu novo prazo para que os equipamentos, comprados por R$ 13 milhões, entrem em operação, em março de 2014.

Rios

Em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, o nível do Rio Paraíba do Sul, subiu 44 centímetros entre as 8 horas e as 14 horas desta quinta-feira. Na última medição, o nível do rio estava em 7,11 metros - distante ainda do ponto de transbordo, que é de 10,5 metros. Como há previsão de mais chuvas e o Paraíba do Sul tem recebido muita água do Rio Muriaé, que vem de Minas Gerais, a Defesa Civil continua em estado de alerta.

Na localidade de Ururaí, o rio transbordou e atingiu três casas construídas no leito. Os moradores vão receber aluguel social até que a prefeitura reconstrua os imóveis dentro do programa Morar Feliz. O nível do Rio Ururaí baixou dois centímetros - está em 5,58 metros.

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