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Cabral confirma nova UPP na comunidade de Vila Kennedy

A região tem sido palco de constantes tiroteios entre quadrilhas rivais de traficantes que disputam o controle dos pontos de venda de drogas


	O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral: segundo Cabral, com essa iniciativa, milhares de famílias terão outra perspectiva de vida
 (GettyImages)

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral: segundo Cabral, com essa iniciativa, milhares de famílias terão outra perspectiva de vida (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2014 às 20h02.

Rio de Janeiro - O governador do Rio, Sérgio Cabral, confirmou hoje (11) a instalação de mais uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), a 38ª, na comunidade de Vila Kennedy, em Bangu, na zona oeste da cidade.

A região tem sido palco de constantes tiroteios entre quadrilhas rivais de traficantes que disputam o controle dos pontos de venda de drogas e será ocupada nesta quinta-feira (13).

“As comunidades são escolhidas pelo comando da segurança pública, tecnicamente. É mais uma demonstração de que [a instalação de UPPs) é uma política que veio para ficar, que não tem retrocesso, em uma comunidade importante do Rio de Janeiro, que infelizmente se desenvolveu sem políticas públicas eficazes", disse o governador, ao inaugurar uma escola. Segundo Cabral, com essa iniciativa, milhares de famílias terão outra perspectiva de vida.

Ele reconheceu que ainda há regiões que precisam de UPPs, mas considerou positivo o resultado dessa política nos últimos anos. O governador disse que existem comunidades na região metropolitana que precisam de ações de pacificação, mas ressaltou que houve avanço nos últimos cinco anos, com a redução de homicídios nas áreas pacificadas. "É algo gritante", destacou Cabral.

Para o diretor do Centro Cumunitário Irmãos Kennedy, Jorge Mello, o fundamental é a chamada ocupação social, com a chegada da infraestrutura e dos serviços.

“Acordamos com essas notícias e com os helicópteros sobrevoando nossa comunidade. Esperamos que as coisas melhorem, principalmente o nosso direito de ir e vir. Queremos que, com a ocupação, as coisas melhorem, mas apostamos de verdade é na ocupação social, pois só a presença policial não basta", disse o líder comunitário durante o programa Redação Nacional, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

Mello ressaltou que a localidade precisa de mais oportunidades, com a geração de emprego e renda, de saneamento básico e de asfalto.

A comunidade de Vila Kennedy surgiu para abrigar moradores removidos das favelas do Esqueleto, no bairro Maracanã, do Pasmado, em Botafogo, e do Pinto, no Leblon. O nome foi em homenagem ao presidente John Kennedy, que governou os Estados Unidos de 21 de janeiro de 1961 a 22 de novembro de 1963, quando foi assassinado. Kennedy doou recursos para a construção das casas, no início dos anos 60 do século passado.

A Vila Kennedy tem uma réplica, em tamanho reduzido, da Estátua da Liberdade, construída pelo mesmo escultor do monumento de Nova York.

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