Navio-plataforma da Petrobras após explosão, no litoral do Espírito Santo (Marinha do Brasil/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 19h39.
Rio - Uma semana após a explosão no navio-plataforma Cidade de São Mateus, as buscas por três funcionários brasileiros da BW Offshore, operadora do FPSO para a Petrobras, continuavam nesta quarta-feira, 18.
Uma fonte próxima à empresa informou que não ocorreram "muitos avanços" no último dia.
Além de seis mortos, o acidente deixou 26 feridos. De acordo com a BW Offshore, quatro deles permanecem recebendo atendimento médico em hospitais da Grande Vitória, sendo que um deles recebeu alta ontem. O estado de saúde dos pacientes é estável.
A BW Offshore informou que haverá nesta quinta-feira uma reunião com o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-ES) para esclarecer dúvidas junto à entidade - a companhia não teria registro para atuar no Espírito Santo.
A plataforma permanece estável, sem entrada de água do mar e o casco do navio permanece íntegro, de acordo com a empresa. Para garantir a estabilidade interna do navio, o processo de mergulho para instalação de tampas nas caixas de mar segue em andamento.
Já o Departamento Médico Legal (DML) liberou, por volta das 16 horas de ontem, o corpo de Alexsandro de Souza Ribeiro, de 40 anos, sexto morto encontrado no navio-plataforma no dia anterior.
"A causa da morte ainda não foi identificada. O médico legista solicitou exames e aguarda o resultado. A identificação do corpo aconteceu por meio de exames de necro-papiloscopia", diz uma nota enviada pelo DML.
Anteontem, o presidente da BW Offshore, Carl Arnet, reuniu-se com as famílias dos falecidos e desaparecidos no acidente, além de membros da tripulação, como informou a empresa.
A explosão ocorreu na casa de bombas, mas ainda não é conhecido o motivo do acidente. A Marinha informou recentemente que realizou uma inspeção na embarcação em 2014, mas não encontrou nenhuma irregularidade que pudesse justificar o acidente.