Coronavac: as 4 milhões de doses serão usadas exlusivamente no estado de São Paulo. (Amanda Perobelli/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 2 de junho de 2021 às 18h03.
Última atualização em 2 de junho de 2021 às 18h18.
Mais insumos para a produção da Coronavac devem chegar ao Brasil no dia 28 de junho. A informação foi divulgada hoje, 2, pelo governo de São Paulo.
A Coronavac é uma vacina contra a covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. A Sinovac envia ao Butantan a matéria-prima (insumos) para que os processos de envase, rotulagem, embalagem e controle de qualidade sejam feitos no Brasil. Todo esse processo dura entre 15 e 20 dias. Só então as doses são disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) para distribuição para a população.
Segundo comunicado, a previsão é que São Paulo receba um lote com 6.000 litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) — quantidade suficiente para a fabricação de 10 milhões de doses da vacina.
A última entrega de IFA proveniente da China para a produção da Coronavac chegou ao Brasil no dia 25 de maio. O Instituto Butantan recebeu 3.000 litros de insumos — suficientes para a fabricação de 5 milhões de doses do imunizante. As doses estão em produção.
Até agora, o Butantan já entregou 47,2 milhões de doses ao PNI, cumprindo o primeiro contrato estabelecido com o Ministério da Saúde para entrega de 46 milhões de doses. Agora, o instituto trabalha para entregar outras 54 milhões de doses referentes a um segundo contrato firmado com o Ministério da Saúde, totalizando 100 milhões de doses.
Após a aprovação da Coronavac pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para uso emergencial, o governo de São Paulo enviou uma carta aos membros da Comunidade Europeia para que o imunizante seja aprovado pelos países europeus.
O governo do estado informou que o documento foi encaminhado hoje, 2, pela manhã, e solicita aos presidentes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu que incluam a vacina do Butantan na lista de imunizantes aceitos para circulação de viajantes. “A medida é importante para normalização do fluxo de pessoas e de negócios entre o Brasil, especialmente São Paulo, com os países da Comunidade Europeia”, disse João Doria.