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Busca por engenharias cresce 52% em três anos

Proporção de alunos na área, para cada dez mil habitantes, é três vezes mais baixa do que em Ciências Sociais, Negócios e Direito


	Engenharia: setor é considerado prioridade pela presidente Dilma Rousseff
 (Getty Images/Getty Images)

Engenharia: setor é considerado prioridade pela presidente Dilma Rousseff (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 08h48.

São Paulo - O número de matrículas nos cursos de Engenharia, Produção e Construção subiu 52% nos últimos três anos, mas a proporção de alunos na área, para cada dez mil habitantes, é três vezes mais baixa do que em Ciências Sociais, Negócios e Direito.

Os dados são do Censo da Educação Superior 2013, divulgado ontem pelo Ministério da Educação (MEC).

O setor é considerado prioridade pela presidente Dilma Rousseff (PT), dada a alta demanda de engenheiros e técnicos no mercado.

Em alguns programas educacionais do governo federal, como o Ciência sem Fronteiras, que dá bolsas a universitários no exterior, as engenharias foram privilegiadas.

Nas áreas de Ciências Sociais, Negócios e Direito, são 147,2 estudantes para cada 10 mil habitantes. Já nas engenharias, a proporção recua para 50,6 matrículas para a mesma parcela da população.

Comparação feita pelo próprio ministério com a média de 2010 dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostra que essa proporção de estudantes de engenharias no Brasil ainda é bem inferior.

O valor registrado entre as nações mais ricas é de 78,5.

O especialista em ensino superior da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Leandro Tessler afirma que não adianta o governo aumentar a oferta de cursos nas engenharias, sem elevar a qualidade da educação básica pública.

"Falta melhorar, por exemplo, a formação em Matemática para que os jovens possam entrar e seguir em um curso desse tipo", diz.

Outras áreas

A proporção de matrículas nos cursos de Saúde e bem-estar social no Brasil (49 por 10 mil habitantes) também é menor que a média da OCDE (72,7).

Esse é outro setor-chave para o governo, que lançou o Programa Mais Médicos em 2013 para suprir a carência de profissionais de saúde nas periferias das capitais e no interior.

Já nos cursos da área de Educação, a média brasileira (68,2) supera o registrado na OCDE (55,3). Depois da engenharia, os cursos de Educação formam o grupo em que houve maior aumento na quantidade de matrículas - 3,53% por 10 mil habitantes.

Pedagogia ainda domina a área, com 44,5% do total de matrículas. Em seguida, vem Educação Física (8,9%) e Biologia, Matemática e História (6% cada um).

Maior procura. Os maiores cursos do ensino superior, porém, continuam sendo Administração, com 800 mil alunos, e Direito, com 770 mil.

Pedagogia aparece em3.º lugar e a primeira colocada das engenharias é a Civil, com apenas 3,5% das matrículas no País. Depois, em 10º, vem Engenharia de Produção, com 2%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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