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Brasilienses estão otimistas e esperam colocação no mercado

Muitos estão otimistas com a possibilidade de conseguir uma vaga em curto prazo, como é o caso do estudante de análise e desenvolvimento de sistema Igor Gonçalves


	Carteira de Trabalho / Emprego: de acordo com o estudo divulgado hoje (21) pelo IBGE, ainda existiam, no ano passado, 6,6 milhões de brasileiros sem emprego
 (Daniela de Lamare)

Carteira de Trabalho / Emprego: de acordo com o estudo divulgado hoje (21) pelo IBGE, ainda existiam, no ano passado, 6,6 milhões de brasileiros sem emprego (Daniela de Lamare)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2012 às 13h10.

Brasília - Embora o número de pessoas desempregadas no Brasil tenha caído 19,3% entre 2009 e 2011, conforme revelou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 (Pnad), para a parcela da população que procura uma nova colocação no mercado de trabalho, a espera é angustiante. De acordo com o estudo divulgado hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda existiam, no ano passado, 6,6 milhões de brasileiros sem emprego.

Mas muitos estão otimistas com a possibilidade de conseguir uma vaga em curto prazo, como é o caso do estudante de análise e desenvolvimento de sistema Igor Gonçalves, 21 anos. Desempregado há apenas uma semana, ele diz estar confiante e acredita que vai conseguir uma nova colocação em pouco tempo.

“A empresa onde eu trabalhava fechou e eu não perdi tempo. Fico de olho nos classificados dos jornais, já mandei currículo para vários lugares e estou procurando em agências de emprego. Preciso voltar a trabalhar porque, enquanto a gente está parado, as dívidas não esperam”, disse. “Para quem tem perseverança, insistência e qualificação sempre há emprego”, acrescentou.

Mesmo reconhecendo certa dificuldade para conquistar um novo posto, o trabalhador do ramo de materiais de construção Celso Fernandes de Souza Junior, 23 anos, decidiu abandonar o emprego antigo.

“Não é fácil, mas não estava dando certo, então vim procurar outro. Não gosto de ficar parado e espero conseguir rápido”, disse.

A bacharel em direito Déborah Tavares, 32 anos, está fora do mercado há dois anos e diz estar em busca de um salário para se sustentar enquanto estuda para concurso público.

“Meu foco no longo prazo é um emprego público, mas, enquanto isso, quero um trabalho para poder pagar as minhas contas. Sem receber salário, acabo dependendo dos meus pais”, contou ela, que procurou hoje (21), pela segunda vez, um posto do Sistema Nacional de Emprego (Sine), serviço do Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília.


Nas últimas semanas, Déborah Tavares passou por dois processos seletivos, após encaminhamento do próprio Sine, mas, sem sucesso, retornou com esperança de conseguir uma vaga de atendente ou vendedora. “Só não abro mão da carteira assinada, porque quero ter meus direitos assegurados e uma certa estabilidade”, ressaltou.

Também em busca de emprego há dois anos, Edna Souza da Silva, 39 anos, contou que precisa do salário para ajudar no sustento da família. Após ficar sem trabalhar para se dedicar ao tratamento da filha que tinha leucemia, ela tenta retornar ao mercado de trabalho desde que a menina morreu, em 2010.

“Estou desesperada atrás de serviço porque ainda tenho dois filhos para criar. Pode ser qualquer um. Não posso escolher, porque não tenho estudo. O que eu sei fazer é limpeza, faxina, mas está muito difícil”, lamentou.

Para Loilde Barros da Silva, 26 anos, o fim de semana pode ser de comemoração. Após procurar um posto do Sine, em Brasília, ele saiu com o encaminhamento para uma entrevista em uma empresa de vigilância. “Estou desempregado há três meses e, na primeira vez que vim procurar, já consegui um encaminhamento. Não é garantido, é só uma entrevista, mas estou confiante de que vou conseguir”, afirmou.

Já a técnica em enfermagem Ana Beatriz da Silva, 40 anos, encontrou uma outra forma de garantir sua renda e ajudar no sustento da casa. Depois de trabalhar por 15 anos em um hospital, ela ficou desempregada e, diante da dificuldade de encontrar um novo trabalho na mesma área, decidiu se dedicar ao artesanato.

“Eu já fazia algumas peças, mas foi nessa virada da vida que resolvi apostar na atividade. É uma luta diária, porque não tenho a segurança da formalidade e não tenho ajudante, mas consigo vender em feiras itinerantes e também tenho alguns clientes fixos”, disse ela, que vende, por mês, em média, 90 peças de acessórios em tecido, como toalhas, kit de costura e bolsas.

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