Shopping Center em São Paulo: mais pessoas devem utilizar o 13º para comprar (Rogério Montenegro/Veja SP)
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2010 às 08h16.
São Paulo - Apesar de o pagamento de dívidas continuar sendo o principal destino do 13º terceiro salário, aumentou neste fim de ano a parcela de brasileiros que pretende usar esse recurso extra para consumir, guardar para pagar despesas compulsórias com impostos e matrículas escolares em janeiro ou simplesmente poupar.
Pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), realizada no mês passado com 567 consumidores de todos os estratos sociais, revela que houve uma redução, de 64% em 2009 para 57% este ano, dos que planejam quitar dívidas com os recursos do 13º salário. Ao mesmo tempo, aumentou de 17% em 2009 para 19% neste ano a parcela dos que vão usar esse dinheiro extra para ir às compras. Entre os principais desejos de consumo estão eletrônicos e portáteis (76%), telefones celulares (75%) e computadores (50%).
“Como neste ano a economia melhorou em relação ao desempenho 2009, quando a atividade foi afetada pela crise, o brasileiro está hoje com mais renda no bolso, oferta de emprego e disponibilidade de crédito. Combinados, esses fatores alteraram o mix de gastos do 13º salário”, observa o vice-presidente da Anefac e responsável pela pesquisa, Miguel Ribeiro de Oliveira.
A melhora no ambiente econômico fez com que 12% dos entrevistados declarassem que planejam aplicar parte desse salário extra para pagar gastos com impostos (IPVA e IPTU), material e matrículas escolares. No ano passado, 10% dos consumidores informaram que usariam o 13º salário dessa forma. Também aumentou, de 1% em 2009 para 3% neste ano, o porcentual dos que pretendem poupar.
Alerta
Mesmo com os indicadores de inadimplência do Banco Central (BC) e de outras entidades batendo recordes de baixa, o endividamento crescente do consumidor faz acender um sinal de alerta. Pesquisa inédita da Serasa Experian, empresa especializada gerenciamento de risco de crédito, revela que os brasileiros inadimplentes têm em média, cinco dívidas em atraso e precisam de 217 dias - ou mais de sete meses - para quitar as pendências. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.