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Brasileiro pega prisão perpétua em EUA por matar ex-namorada

O assassinato aconteceu em 24 de setembro de 2011, em Massachusetts


	Prisão nos Estados Unidos: o juiz responsável pelo processo determinou que não haja possibilidade de liberdade condicional para o condenado
 (Chantal Valery/AFP)

Prisão nos Estados Unidos: o juiz responsável pelo processo determinou que não haja possibilidade de liberdade condicional para o condenado (Chantal Valery/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2015 às 18h59.

Belo Horizonte - O entregador de pizzas Marcello Almeida, de Frei Inocêncio, região leste de Minas Gerais, foi condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos pelo assassinato a facadas da ex-namorada, Patrícia Fróis, também de Frei Inocêncio, há quatro anos.

O crime aconteceu em Marshfield, cidade de aproximadamente 30 mil habitantes no estado de Massachusetts, para onde o casal se mudou em 2007.

Patrícia era faxineira de residências e trabalhava em uma lanchonete. O casal teve um filho, Bruno, hoje com 9 anos, que não se mudou para os Estados Unidos com os pais e vive com a avó materna em Frei Inocêncio.

O assassinato aconteceu em 24 de setembro de 2011. Em Massachusetts não há pena de morte.

Segundo relato dos familiares de Patrícia, inconformado depois de ter o relacionamento rompido pela mulher, que na época tinha 24 anos, Almeida a esperou chegar em um dos corredores do edifício em que viviam e a esfaqueou dez vezes.

"Foi tudo filmado e apresentado no julgamento. A polícia também mostrou as roupas, perfuradas e ensanguentadas, que a Patrícia usava no momento em que foi atacada", afirma a avó da vítima, Jacira Ferreira do Nascimento.

O relato foi passado para Jacira por sua filha, Roseli Fróis, mãe da vítima. Roseli foi convidada pela Justiça do Estado de Massachusetts para acompanhar nos Estados Unidos o julgamento, que durou 18 dias e terminou na última terça-feira, 13. O júri foi formado por nove mulheres e cinco homens.

"No dia anterior ao crime, Almeida ligou para a Patrícia 232 vezes, conforme consta no celular que também ficou com a polícia e foi mostrado no julgamento", conta Jacira. O garoto, segundo a bisavó, não sabe da história envolvendo o pai e a mãe.

A defesa de Almeida, hoje com 45 anos, vai recorrer da sentença, que é de primeira instância. "Estamos tranquilos. Temos que ver o que Deus reserva para a gente", afirma a irmã do condenado, Marlúcia Almeida, que vive em Frei Inocêncio.

As duas famílias mantêm algum relacionamento na cidade. "Minha filha tem um coração muito bom. Perdoou, mas eu não quero mexida com esse povo", afirma Jacira. "Não quero nada ruim para o assassino da minha neta, mas o quero lá, preso", acrescenta.

À época do assassinato, ex-vizinhos do casal afirmaram que o brasileiro era muito agressivo com Patrícia, e a teria agredido várias vezes. Depois de matar a mulher, o condenado tentou suicídio.

Na sentença, o juiz responsável pelo processo, Thomas McGuire, determinou que não haja possibilidade de liberdade condicional para Almeida, que ficará preso no Massachusetts Correctional Institution. A defesa tem 30 dias para recorrer da sentença.

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