Suspeita de ebola: após a internação no instituto, será colhida amostra de sangue para os testes (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2015 às 18h56.
Brasília - Um brasileiro de 46 anos, vindo da Guiné, internado ontem (10) com suspeita de ebola em uma Unidade de Pronto Atendimento de Belo Horizonte, foi transferido nesta quarta-feira (11) para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro.
Ele chegou ao país no dia 6 de novembro e procurou o serviço médico no dia 8 com sintomas de febre alta, dor muscular e dor de cabeça. Imediatamente após a identificação da suspeita da doença, o paciente foi isolado na unidade.
"Uma equipe do Samu saiu hoje de Brasília em um avião da Força Aérea brasileira para transferir o paciente de Belo Horizonte para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz], no Rio de Janeiro”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
A unidade é referência nacional para casos de ebola seguindo o protocolo de segurança. Após a internação no instituto, será colhida amostra de sangue para os testes.
O primeiro resultado deve sair em 24 horas. Se o primeiro resultado for negativo, será feito novo exame para confirmação 48 horas após a primeira coleta.
Só com os dois exames será possível verificar o diagnóstico do paciente. Até os resultados definitivos, ele permanecerá isolado e recebendo acompanhamento médico. A expectativa é que a aeronave que vai transportar o paciente tenha aterrisado no Rio de Janeiro às 19h.
O ministro recomendou à população que fique tranquila. O ebola só é transmitido pelo contato com o sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos doentes.
“O vírus somente é transmitido quando surgem os sintomas", esclareceu o ministro. O nome do paciente não foi revelado pelo Ministério da Saúde.
O ebola é uma doença considerada grava e com uma taxa de letalidade que pode chegar a 90%. Atualmente, a Guiné é o último país com casos sendo registrados da doença. Neste ano, os país que tiveram o maior número de casos foram Guiné, Serra Leoa e Libéria.