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Brasil vive guinada conservadora na política, diz NYT

Segundo o jornal americano, o maior espaço conquistado por parlamentares das "bancadas da bala" aponta para uma mudança em nossa democracia.

O deputado Jair Bolsonaro (Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Reprodução)

O deputado Jair Bolsonaro (Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Reprodução)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 11h51.

São Paulo – Políticos com bandeiras conservadoras ganharam espaço nas últimas eleições brasileiras e fizeram aumentar as chamadas “bancadas da bala”. É o que afirma reportagem publicada hoje no The New York Times.

Segundo o jornal americano, o maior espaço conquistado por esses parlamentares aponta para uma mudança em nossa democracia, voltada para a direita.

Dentre os parlamentares destacados pela publicação estão o coronel Telhada (PSDB), eleito deputado estadual em São Paulo, Moroni Torgan (DEM), reeleito deputado federal pelo Ceará, e Waldir Soares (PSDB), deputado federal mais votado em Goiás.

Outro parlamentar citado pelo jornal foi Jair Bolsonaro (PP). A publicação destacou o recente episódio em que o parlamentar ofendeu a petista Maria do Rosário, dizendo que não a estupraria porque ela não merece.

O jornal destaca ainda a presença de alguns desses políticos nas recentes manifestações que pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

As bandeiras defendidas por eles são combate ao tráfico de drogas, redução da maioridade penal e endurecimento das penas para criminosos.

Para especialistas ouvidos pelo NYT, os crimes violentos e o aumento do alcance de facções criminosas ajudam a explicar o maior sucesso desses políticos nas urnas. O Brasil tem mais homicídios do que qualquer outro país, em números absolutos, segundo dados da ONU destacados pela publicação.

De acordo com o jornal, as diversas denúncias de corrupção nossa governos Lula e Dilma também podem ter ajudado a configurar essa mudança na política brasileira.

Ainda segundo o jornal, com mais poder, esses políticos preocupam entidades de defesa dos direitos humanos. De acordo com organizações ouvidas pela reportagem, eles podem ajudar a proteger policiais acusados de abusos ou mesmo mudar a legislação sobre armamento no Brasil.

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