Mosquito Aedes aegypti (Thinkstock/Damrongpan Thongwat)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2016 às 17h31.
Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 16h14.
São Paulo – O Brasil fechou o ano de 2015 com mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue. O valor é o maior da série histórica, medida desde 2000, e quase três vezes maior que os 586 mil registrados em 2014.
Os dados foram divulgados em comunicado do Ministério da Saúde, em que foi anunciada a liberação de R$ 500 milhões extras no Orçamento para o combate do mosquito Aedes aegypti. Na somatória, a presidente Dilma Rousseff determinou recurso de R$ 1,27 bilhão para o desenvolvimento de ações de vigilância em saúde.
A luta contra a proliferação do mosquito transmissor é prioritária pois está associada também ao aumento de indivíduos com febre chikungunya e contaminados pelo zika vírus, relacionado aos casos de microcefalia no país.
O pico de contaminações foi em abril, com 229,1 casos para cada 100 mil habitantes. Das 27 unidades federativas, apenas Acre, Amazonas, Distrito Federal, Piauí e Roraima tiveram redução no número de casos de dengue no ano passado.
A situação mais crítica foi a do Sudeste, com mais de 1 milhão de ocorrências suspeitas. O número da região representa 62,2% de todo o país. Em seguida vêm as regiões Nordeste com 18,9% (311.519), Centro-Oeste com 13,4% (220.966), Sul com 3,4% (56.187) e Norte com 2,1% (34.110).
Em taxas relativas à população, Goiás (2,5 mil casos/100 mil habitantes) e São Paulo (1,6 mil casos/100 mil habitantes) foram os mais afetados.
OUTRAS DOENÇAS
Casos de febre chikungunya passaram de 20 mil em 2015, sendo 7.823 casos confirmados e 10.420 em investigação. São 11 estados que registraram circulação do vírus.
Em 2015 também foi a primeira vez em que se comprovaram três mortes por febre chikungunya: duas na Bahia e uma em Sergipe, todas de idosos.
Grande assunto do momento, o zika vírus teria causado mais de 3,5 mil casos de microcefalia, de outubro até o início de janeiro. Segundo o Ministério, Pernambuco é o estado mais afetado, com 35% desse total, ou 1.236 casos suspeitos. Paraíba (569), Bahia (450), Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), Sergipe (155), Alagoas (149), Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro (122) vêm na sequência.