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"Brasil tem vocação centralizadora", afirma Temer

Segundo o próprio presidente, seu governo estaria quebrando esse paradigma centralizador

Michel Temer: "um debate franco sobre o Brasil exige reconhecer que os últimos anos têm sido desafiadores, mas que agora o Brasil tem rumo", disse o presidente (Leonardo Benassatto/Reuters)

Michel Temer: "um debate franco sobre o Brasil exige reconhecer que os últimos anos têm sido desafiadores, mas que agora o Brasil tem rumo", disse o presidente (Leonardo Benassatto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de agosto de 2017 às 08h13.

São Paulo - O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira, 16, que seu governo é "parceiro" do Legislativo e, em tom de crítica, disse que "o Brasil tem uma vocação centralizadora e que o povo parece gostar dessa centralização." A declaração foi feita em São Paulo durante a conferência anual do Banco Santander, antes de a Câmara dos Deputados iniciar a votação da reforma política.

Segundo o próprio presidente, seu governo estaria quebrando esse paradigma centralizador e trabalharia para "quebrar esse ciclo histórico de que a cada 25, 30 anos haveria a necessidade de um novo Estado". Temer afirmou que o que é preciso é seguir as diretrizes da Constituição de 1988 e "continuar com as adequações modernizantes da estrutura governativa, econômica e social".

Ao comentar medidas tomadas como a PEC do Teto dos Gastos, o projeto de terceirização, a reforma trabalhista e o novo modelo de governança nas estatais, Temer disse que o seu governo "fez em 17 meses o que não foi feito em 20 anos".

"Um debate franco sobre o Brasil exige reconhecer que os últimos anos têm sido desafiadores, mas que agora o Brasil tem rumo", disse o presidente. Segundo ele, "a pressa é o que move um governo de 15 meses".

O presidente afirmou ainda que a reforma da Previdência é uma "reforma para hoje" - e usou o Rio como o "resultado de uma crise previdenciária".

"Temos de reformular a Previdência em pouquíssimo tempo", disse. Ele afirmou que a reforma da Previdência vai atingir os privilegiados do serviço público e não o trabalhador que ganha um ou dois salários mínimos. Para o presidente, as críticas à reforma são apenas de natureza política.

Elogio

Presente no evento, o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, elogiou Temer, dizendo que neste governo houve uma "mudança importante na doutrina econômica" do País.

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