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Brasil tem protestos a favor e contra Dilma neste domingo

No Rio de Janeiro, cerca de 4.000 manifestantes protestaram contra a presidente no calçadão da praia de Copacabana


	Protestos no Rio: com outras manifestações, a de hoje foi festiva e familiar
 (Agência Brasil/Tomaz Silva)

Protestos no Rio: com outras manifestações, a de hoje foi festiva e familiar (Agência Brasil/Tomaz Silva)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2016 às 13h54.

Manifestantes saíram às ruas do Brasil neste domingo para pedir a saída definitiva da presidente afastada Dilma Rousseff, ou em grupos menores para defender sua permanência, em um clima pré-olímpico a cinco dias do início dos Jogos Rio-2016.

No Rio de Janeiro, cerca de 4.000 manifestantes protestaram contra a presidente no calçadão da praia de Copacabana, constatou um jornalista da AFP, em pleno cartão postal desta cidade que acolherá os Jogos Olímpicos de 5 a 21 de agosto.

A polícia carioca não forneceu números sobre a participação no protesto.

Vários caminhões de som tocavam sambas e o hino nacional, enquanto manifestantes carregavam neste dia de sol uma faixa enorme com a mensagem "Fora Dilma e prisão para Lula", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antecessor de Dilma e que está na mira da justiça.

"Queremos nosso país de volta e que esta gente vá embora", declarou Vilma Moniz Portella, uma advogada de 68 anos que carregava um pequeno boneco inflável do juiz Sérgio Moro, que leva adiante a investigação sobre a fraude na Petrobras que alcançou a elite política e empresarial brasileira.

O ambiente era festivo e familiar em meio à tradicional multidão que todos os domingos invade a praia carioca.

A dona de casa Daysa Barela, de 52 anos, afirmou que a manifestação é muito menor que as anteriores que levaram centenas de milhares de pessoas às ruas porque "as pessoas estão assustadas com o terrorismo e porque o Partido dos Trabalhadores podem atacá-las".

Mas um dos muitos vendedores de bandeiras e bonecos infláveis tinha um explicação muito mais provável: Lula e Dilma já estão quase fora de combate.

"Lula vai ser julgado, está acabado. E o tempo de Dilma já passou", disse Carlos Wellington, de 39 anos, ao lembrar que o ex-presidente (2003-2010) e líder histórico da esquerda irá a julgamento por tentar obstruir as investigações do mega esquema de corrupção na Petrobras.

Em Brasília, cerca de 3.000 pessoas protestaram contra Dilma, informou a polícia. Reunidas em frente à sede do Congresso Nacional, vestiam as cores verde e amarelo da bandeira brasileira e gritavam lemas contra a presidente, afastada do poder em 12 de maio para ser julgada no Senado por suposta manipulação das contas públicas.

Seu vice-presidente, Michel Temer, assumiu o cargo de maneira interina e pode permanecer até o fim do mandato, em 2018, se Dilma for destituída definitivamente ao término do julgamento político, que é esperado para depois dos Jogos.

As manifestações contra Dilma foram convocadas pelo grupo "Vem pra Rua" e se replicaram em várias outras cidades brasileiras como Recife, Salvador e Belo Horizonte, onde milhares de pessoas participaram, segundo os organizadores.

Também foram registradas algumas pequenas manifestações contra Michel Temer convocadas pela chamada "Frente Povo sem Medo" em várias cidades do país. Em São Paulo são esperadas para a tarde deste domingo manifestações tanto contra como a favor de Dilma.

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