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Brasil registrou em 2012 recorde de homicídios em uma década

Segundo estudo do "Mapa da Violência", país registrou um total de 56.337 homicídios


	Homem segura revólver: relatório apontou que os homicídios passaram de 49.695 em 2002 para 56.337 dez anos depois
 (Getty Images)

Homem segura revólver: relatório apontou que os homicídios passaram de 49.695 em 2002 para 56.337 dez anos depois (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 22h21.

São Paulo - O Brasil registrou em 2012 um total de 56.337 homicídios, o maior número anual em uma década, segundo revelou nesta terça-feira o estudo "Mapa da Violência", elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) com dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério de Saúde.

O relatório preliminar do estudo, que será divulgado de maneira completa nas próximas semanas, apontou que os homicídios passaram de 49.695 em 2002 para 56.337 dez anos depois, número que representa um aumento de 13,4% "em termos absolutos" e de 2,1% se for levado em conta o crescimento da população.

Segundo a estatística, no Brasil morrem a cada hora 6,4 pessoas como vítimas da violência.

Entre 2004 e 2007, quando entrou em vigência o Estatuto de Desarmamento, no qual foi endurecido o regulamento para o porte de armas de fogo no país, o número de homicídios foi menor ao de 2002 e 2003, mas a partir de 2007 voltou a ter um "aumento gradual".

O responsável da análise, o sociólogo argentino Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da Área de Estudos da Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, afirmou que as políticas para a redução de mortes não tiveram um efeito esperado a longo prazo.

"Fica evidente, pelos dados até aqui revelados, que os esforços resultaram, pelo menos, insuficientes. Sem duvidar da eficácia das políticas implementadas em cada um desses âmbitos, os indicadores evidenciam uma forte tendência de alta que amedronta a população", comentou Waiselfisz.

O "Mapa da Violência 2014", intitulado "Os jovens do Brasil", apontou que no país também "cresce significativamente o número de vítimas em acidentes de transporte", que no período analisado passou de 33.288 a 46.581, um aumento de 38,3%, e de 24,5%, segundo o aumento populacional.

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