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Brasil reduz teor de enxofre na gasolina em janeiro

Teor de enxofre será reduzido a um quarto do atual, com qualidade semelhante a Europa, Estados Unidos e Canadá

Preços de gasolina, álcool e diesel vistos na placa de um posto de combustível, ao lado do tráfego na praia de Copacabana no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

Preços de gasolina, álcool e diesel vistos na placa de um posto de combustível, ao lado do tráfego na praia de Copacabana no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 13h33.

Rio de Janeiro - A teor de enxofre da gasolina automotiva no Brasil será reduzido a partir de quarta-feira a um quarto do atual, com qualidade semelhante ao produto comercializado na Europa, Estados Unidos e Canadá.

O combustível terá, em todo o território nacional, no máximo 50 mg/kg de enxofre, ante uma proporção de 200 mg/kg em 2013 e 500 mg/kg em 2009, disse nesta segunda-feira a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

"Com a iniciativa da ANP, haverá redução da emissão de enxofre na atmosfera em 94 por cento e a emissão de poluentes, em até 59 por cento, no médio e longo prazo, nos veículos mais modernos, contribuindo para a melhora da qualidade do ar e para a diminuição de doenças respiratórias", estimou a reguladora.

Para atender às especificações da agência reguladora, a Petrobras realizou investimentos pesados no parque de refino brasileiro, com a modernização das refinarias.

Em função do processo de refino adotado, a nova gasolina poderá apresentar coloração mais clara e odor diferenciado, afirmou a agência em nota.

"Essas características não influenciam o desempenho do combustível no motor. Não haverá problemas com relação à gasolina importada, que já atende às novas especificações da nova gasolina nacional".

Além do teor de enxofre, outros componentes que contribuem para as emissões veiculares --hidrocarbonetos olefínicos, hidrocarbonetos aromáticos e benzeno-- terão seus limites reduzidos.

A gasolina premium terá redução no teor de benzeno, ficando com o mesmo limite estabelecido para gasolina comum. Assim, a partir de primeiro de janeiro de 2014 a única diferença de especificação da gasolina comum e premium será o número de octano.

"As mudanças na gasolina automotiva acompanham a evolução tecnológica da indústria automotiva mundial, alinhando alguns parâmetros da especificação do combustível aos requisitos internacionais e atendendo às necessidades ambientais de redução dos níveis de poluentes veiculares atmosféricos".

Já a partir de primeiro de julho de 2015, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos e México, a gasolina comum receberá a adição de detergentes dispersantes, o que reduzirá a formação de depósitos nas válvulas de admissão dos motores, informa a ANP.

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