Vacina da AstraZeneca: doses entrantes no país chegam por meio do consórcio Covax Facility, que tenta garantir igualdade na distribuição (Yves Herman/Reuters)
Thiago Lavado
Publicado em 1 de maio de 2021 às 08h22.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou na sexta-feira, 30, que o Brasil vai receber neste fim de semana 4 milhões de doses da vacina contra covid-19 da AstraZeneca via o consórcio global Covax Facility, e que o país tem um recorde de recebimento de imunizantes, com mais de 17 milhões de doses em um intervalo de 6 dias.
O consórcio Covax Facility é uma aliança internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS) que tem como principal objetivo acelerar o desenvolvimento e a fabricação de vacinas contra a covid-19. Trata-se de um consórcio internacional com o objetivo de garantir acesso igualitário à imunização.
"Sabemos que o Brasil fez opção de cobertura de 10% da sua população com vacinas do Covax Facility e teremos neste final de semana a chegada de 4 milhões de doses de vacinas AstraZeneca oriunda do Covax Facility", disse ele, ao ressaltar que essas vacinas vão reforçar o programa de imunização brasileiro.
Em entrevista coletiva, o ministro destacou o volume recorde de 17 milhões de doses recebidas em curto intervalo de tempo pelo país.
"Isso equivale a mais do que a população de Portugal, de Israel e da Grécia, mostrando que as ações do Ministério da Saúde estão sendo muito bem empreendidas e trazem uma tranquilidade para a nossa sociedade", completou.
Queiroga afirmou que a crise sanitária tem dado sinais de redução, apesar do elevado número de mortes, e ressaltou que é preciso manter as medidas de precaução. Abril foi o mês mais letal desde que a pandemia começou no Brasil: foram 82.266 mortes no período. Desde março do ano passado, são 403.781 o total de pessoas que perderam a vida por conta da doença e, embora, tenha haviado uma pequena redução da média de mortes pela doença, a taxa ainda segue em patamares elevados.
"Nós sabemos que ainda temos um ambiente epidemiológico grave, com muitos óbitos, mas já há uma tendência de queda desta média móvel de óbitos que tem diminuído a pressão sobre o nosso sistema de saúde", disse.
"Mas a mensagem é que nós não podemos relaxar, não só em relação à assistência, como em relação às medidas não-farmacológicas, eu tenho reiterado desde o primeiro dia que assumi o ministério sobre a importância do uso da máscaras, higiene das mãos, do distanciamento social adequado", emendou.