Brasília e São Paulo - Com a morte do presidenciável Eduardo Campos, "o país perde um grande brasileiro de trajetória política marcada por dedicação diante de suas convicções", avaliam a Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).
Em nota, as duas entidades dizem que receberam com consternação a notícia. "Neste momento de dor e pesar, a Fiesp e o Ciesp prestam solidariedade à família de Eduardo Campos."
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também lamentou a morte do ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos.
Em nota divulgada hoje, Murilo Portugal se disse "profundamente chocado com a trágica notícia da morte".
"O Brasil e Pernambuco perderam um grande líder político e um administrador público competente. Mas meus pensamentos neste momento são para sua família, a quem estendo profundo pesar em meu nome pessoal, como seu admirador e amigo", disse o comunicado.
Já o presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, afirmou que o banco recebeu com enorme pesar a notícia do falecimento do ex-governador.
"O Brasil perde um de seus mais importantes homens públicos, que soube como nunca honrar a forte tradição política de sua família", disse ele.
O executivo destacou ainda que todos do Santander se solidarizam com a família e amigos neste momento trágico.
Segundo ele, os ideais e realizações de Campos permanecerão como um exemplo para todos aqueles que com ele conviveram e partilharam do seu "sonho de construir um Brasil melhor".
Campos faleceu hoje em acidente de avião, na cidade de Santos.
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1. Vida política
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1/10 (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
São Paulo -
Eduardo Campos nasceu em uma das famílias mais influentes do Brasil. E faleceu buscando o compromisso maior com a vida política: a presidência do Brasil. O candidato morreu nesta quarta-feira aos 49 anos. Ele estava
no jatinho que caiu nesta manhã em Santos. Veja nas fotos a seguir os principais momentos de sua vida.
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2. Início
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2/10 (Evaldo Costa/Flikr)
Eduardo Henrique Accioly Campos nasceu em Recife, Pernambuco, em 10 de agosto de 1965. Filho do escritor Maximiano Campos e da atual ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes e neto de Miguel Arraes, Campos nasceu em uma família de políticos. Em 1990, começou sua carreira política oficialmente ao ser eleito deputado estadual pelo
PSB.
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3. Família política
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3/10 (Alexandre Belem/JC Imagem)
Em 1986, envolveu-se na campanha para governador do avô, Miguel Arraes. Miguel Arraes foi um importante político brasileiro, tendo sido deputado estadual e governador do estado do
Pernambuco três vezes. Arraes passou 15 anos exilado por conta da ditadura. Em 1994, Campos integrou o governo de Arraes, onde ocupou o cargo de secretário da Fazenda de Pernambuco entre 1995 e 1998.
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4. Ministro do governo Lula
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4/10 (Aluísio Moreira/Divulgação)
Após três mandatos como deputado federal, Campos assumiu, no início do governo
Lula, de 2003 a 2005, o cargo de Ministro da Ciência e Tecnologia. No mesmo ano, assume a presidência nacional do PSB.
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5. Governador
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5/10 (Wikimedia Commons)
Em 2006, foi eleito
governador de Pernambuco com mais de 60% dos votos válidos. Em 2010, foi reeleito com a maior porcentagem dos votos válidos de todo o Brasil: 83%.
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6. Parceria com Lula e Dilma
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6/10 (Aluísio Moreira/Divulgação)
Em 2009, Campos integrou a campanha da eleição de
Dilma Rousseff. Em 2010, chegou a afirmar que apoiaria a presidente em 2014, mas, desde 2013, vinha dando sinais de rompimento com o rumo político que o governo tomava.
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7. Campanha para a presidência
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7/10 (Antonio Cruz/ABr)
Em abril deste ano, Eduardo Campos deixou o cargo de governador do Pernambuco para concorrer à Presidência do Brasil pelo PSB, ao lado de
Marina Silva. Campos e Marina estavam em 3º lugar na corrida eleitoral para a presidência da República.
O futuro da campanha ainda é incerto.
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8. Suassuna
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8/10 (Divulgação/ Flickr Eduardo Campos)
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9. Mãe
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9/10 (Roberto Pereira/Divulgação)
Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos, também seguia a veia política da família. Membro do PSB desde 1990, foi eleita Deputada Federal em 2006. Em 2010, foi reeleita, mas deixou o cargo em 2011 para ocupar a cadeira de Ministra do Tribunal de Contas da União.
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10. Família
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10/10 (Divulgação/Facebook/Eduardo Campos)
Eduardo Campos deixa a esposa, Renata Campos, e cinco filhos. O mais novo integrante da
família, Miguel, nasceu em janeiro deste ano. Triste coincidência, ele morreu no mesmo dia que o avô, de quem herdou a veia política: 13 de agosto de 2005.