São Paulo e Londres - O presidente executivo do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, disse, em nota enviada ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que a instituição recebeu com muita tristeza a trágica notícia sobre o falecimento do ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência, Eduardo Campos, e de outras vítimas, na cidade de Santos.
"Neste momento de profundo pesar, nos solidarizamos com seus familiares e amigos. Perdem muito também o Brasil e a democracia brasileira", afirmou ele.
Setubal estendeu ainda sentimentos aos familiares e amigos dos demais envolvidos no acidente de avião ocorrido esta manhã, na cidade de Santos.
Campos se candidatou à Presidência da República este ano após ter deixado o governo de Pernambuco com 76% de aprovação. Antes, foi deputado estadual e, em 1994, fez sua estreia no cenário político nacional como deputado federal.
Inglaterra
O analista para o Brasil da consultoria britânica Oxford Economics, Marcos Casarin, avalia que "ainda é cedo para projetar cenários macroeconômicos" após a morte do candidato Eduardo Campos.
Mesmo assim, do ponto de vista político, Cesarin diz que dois cenários parecem possíveis a partir de agora.
"Uma polarização mais acentuada da campanha entre o PT e o PSDB ou Marina", explica.
Ao lembrar que não é analista político, Marcos Casarin nota que Marina Silva é uma candidata competitiva e já mostrou isso na eleição presidencial anterior. "Ela tem carisma e poderia até atrair 'votos de luto' de alguns eleitores", diz.
"Se olharmos para o Ibovespa ou para o real, ambos estão muito voláteis. A verdade é que ainda ninguém sabe ao certo o impacto dessa triste notícia", afirmou o analista ao Broadcast.
Ele observa que o mercado reagiu rapidamente e os principais ativos brasileiros caíram imediatamente após a notícia.
"Mas acho que isso é normal porque o mercado sempre reage exageradamente", explicou. Com o passar dos minutos depois da notícia, o movimento negativo foi amenizado e a bolsa paulista, por exemplo, chegou a se aproximar novamente da estabilidade.
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1. Vida política
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1/10 (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
São Paulo -
Eduardo Campos nasceu em uma das famílias mais influentes do Brasil. E faleceu buscando o compromisso maior com a vida política: a presidência do Brasil. O candidato morreu nesta quarta-feira aos 49 anos. Ele estava
no jatinho que caiu nesta manhã em Santos. Veja nas fotos a seguir os principais momentos de sua vida.
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2. Início
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2/10 (Evaldo Costa/Flikr)
Eduardo Henrique Accioly Campos nasceu em Recife, Pernambuco, em 10 de agosto de 1965. Filho do escritor Maximiano Campos e da atual ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes e neto de Miguel Arraes, Campos nasceu em uma família de políticos. Em 1990, começou sua carreira política oficialmente ao ser eleito deputado estadual pelo
PSB.
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3. Família política
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3/10 (Alexandre Belem/JC Imagem)
Em 1986, envolveu-se na campanha para governador do avô, Miguel Arraes. Miguel Arraes foi um importante político brasileiro, tendo sido deputado estadual e governador do estado do
Pernambuco três vezes. Arraes passou 15 anos exilado por conta da ditadura. Em 1994, Campos integrou o governo de Arraes, onde ocupou o cargo de secretário da Fazenda de Pernambuco entre 1995 e 1998.
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4. Ministro do governo Lula
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4/10 (Aluísio Moreira/Divulgação)
Após três mandatos como deputado federal, Campos assumiu, no início do governo
Lula, de 2003 a 2005, o cargo de Ministro da Ciência e Tecnologia. No mesmo ano, assume a presidência nacional do PSB.
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5. Governador
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5/10 (Wikimedia Commons)
Em 2006, foi eleito
governador de Pernambuco com mais de 60% dos votos válidos. Em 2010, foi reeleito com a maior porcentagem dos votos válidos de todo o Brasil: 83%.
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6. Parceria com Lula e Dilma
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6/10 (Aluísio Moreira/Divulgação)
Em 2009, Campos integrou a campanha da eleição de
Dilma Rousseff. Em 2010, chegou a afirmar que apoiaria a presidente em 2014, mas, desde 2013, vinha dando sinais de rompimento com o rumo político que o governo tomava.
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7. Campanha para a presidência
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7/10 (Antonio Cruz/ABr)
Em abril deste ano, Eduardo Campos deixou o cargo de governador do Pernambuco para concorrer à Presidência do Brasil pelo PSB, ao lado de
Marina Silva. Campos e Marina estavam em 3º lugar na corrida eleitoral para a presidência da República.
O futuro da campanha ainda é incerto.
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8. Suassuna
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8/10 (Divulgação/ Flickr Eduardo Campos)
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9. Mãe
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9/10 (Roberto Pereira/Divulgação)
Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos, também seguia a veia política da família. Membro do PSB desde 1990, foi eleita Deputada Federal em 2006. Em 2010, foi reeleita, mas deixou o cargo em 2011 para ocupar a cadeira de Ministra do Tribunal de Contas da União.
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10. Família
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10/10 (Divulgação/Facebook/Eduardo Campos)
Eduardo Campos deixa a esposa, Renata Campos, e cinco filhos. O mais novo integrante da
família, Miguel, nasceu em janeiro deste ano. Triste coincidência, ele morreu no mesmo dia que o avô, de quem herdou a veia política: 13 de agosto de 2005.