Paulo Evaristo Arns: o arcebispo emérito de São Paulo faleceu nesta quarta-feira aos 95 anos (Paulo Evaristo Arns/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 17h34.
Brasília - O presidente Michel Temer divulgou nota oficial para lamentar a morte do cardeal d. Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, que faleceu aos 95 anos nesta quarta-feira, 14.
"Dom Paulo foi um defensor da liberdade e sempre teve como norte a construção de uma sociedade justa e igualitária. O Brasil perde um defensor da democracia e ganha para sempre mais um personagem que deixa lições para serem lembradas eternamente", escreveu o presidente.
O ministro das Relações Exteriores, José Serra, também emitiu um comunicado dizendo que recebeu com tristeza a notícia da morte do arcebispo e destacou que "Dom Paulo é um exemplo para aqueles que acreditam na justiça social e na melhoria das condições de vida da população. Dedicou seu sacerdócio à defesa dos direitos humanos, em especial dos mais pobres".
Serra transmitiu "sentimentos" "a seus familiares e a toda a população de São Paulo, que ele tanto amou e pela qual tanto fez" e disse que "São Paulo e o Brasil perdem um gigante; eu, um amigo e conselheiro".
O ministro destacou ainda que à frente da Arquidiocese de São Paulo entre 1970 e 1998, Arns trabalhou "ativamente para o retorno da democracia em nosso país" e ressaltou a criação da Comissão Brasileira de Justiça e Paz de São Paulo, que "desempenhou papel fundamental no combate à tortura durante o regime militar".
A ex-presidente Dilma Rousseff também divulgou uma nota destacando que d. Paulo Arns era "um grande líder progressista incansável na defesa dos direitos humanos e da liberdade".
"D. Paulo será sempre lembrado como símbolo da luta pela democracia, por sua atuação contra a ditadura. O Brasil perde um defensor dos pobres, que passou a vida pregando igualdade de direitos e o fim da exclusão social. Descanse em paz, amigo do povo. Seguiremos lutando!", escreveu a ex-presidente.