torcedores do Corinthians (AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2013 às 15h54.
La Paz - O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, pediu neste sábado ao governo da Bolívia garantias para os 12 torcedores do Corinthians presos no país andino acusados de serem responsáveis diretos ou cúmplices da morte de um adolescente durante a partida da equipe brasileira contra o San José, pela Taça Libertadores.
Em entrevista coletiva na cidade de Cochabamba, Patriota lamentou 'muito' o falecimento do boliviano Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, durante o jogo disputado no dia 20 de fevereiro entre o San José e o Corinthians, em Oruro.
'O governo brasileiro quer cooperar com a Bolívia em determinar as responsabilidades. Ao mesmo tempo, apresentei às autoridades bolivianas a importância de garantir o pleno direito de defesa dos brasileiros e condições dignas na prisão', afirmou o chanceler.
Beltrán faleceu após ser atingido no olho direito por um sinalizador lançado pela torcida corinthiana e perder massa encefálica na comemoração do gol do time brasileiro na partida, que terminou empatada em 1 a 1.
Os 12 torcedores brasileiros permanecem presos em Oruro, acusados de responsabilidade na morte de Beltrán, apesar de um jovem de 17 anos que se declara autor do lançamento do sinalizador ter se apresentado nesta semana à Justiça brasileira.
'Nos preocupou outro incidente em que morreu um brasileiro em uma prisão boliviana há poucos dias. São incidentes que esperamos que não voltem a ocorrer e que preocupam o governo e a sociedade brasileira', declarou Patriota, após reuniões hoje com o presidente da Bolívia, Evo Morales, e o chanceler David Choquehuanca.