Partículas do coronavírus da MERS (National Institute for Allergy and Infectious Diseases/Handout via Reuters/Reuters)
Ligia Tuon
Publicado em 30 de janeiro de 2020 às 17h15.
Última atualização em 30 de janeiro de 2020 às 17h47.
São Paulo — O Ministério da Saúde acompanha nove casos suspeitos para o coronavírus em seis estados do país. O número, divulgado nesta quinta-feira (30) é o mesmo do dia anterior.
Durante coletiva de imprensa, o ministério afirmou que alguns casos foram descartados de um dia para o outro enquanto novos foram incluídos.
Na quarta-feira (29) os estados com casos suspeitos eram: São Paulo (3), Santa Catarina (2), Minas Gerais (1), Paraná (1), Rio de Janeiro (1) e Ceará (1).
Nesta quinta, Santa Catarina saiu da lista dos estados com casos monitorados e o Rio Grande do Sul entrou com dois casos, mantendo o balanço total inalterado.
Com isso, o monitoramento atual do ministério ficou da seguinte forma: São Paulo (3), Rio Grande do Sul (2), Minas Gerais (1), Paraná (1), Rio de Janeiro (1) e Ceará (1).
Apesar de o número de casos ter se mantido igual ao divulgado, há quatro novos casos considerados suspeitos e outros quatro foram descartados.
Os quatro novos casos suspeitos foram registrados no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. O caso do Rio Grande do Sul já havia sido notificado e chegou a ser excluído. No entanto, voltou a ser considerado suspeito após o paciente apresentar outros sintomas.
Emergência global
O Ministério da Saúde destacou na coletiva de imprensa a decisão, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de declarar o surto do novo coronavírus da China uma emergência de saúde pública de preocupação internacional.
A avaliação da entidade sediada em Genebra é a de que há potencial de propagação além do que é visto atualmente.
Classificação de risco
Na terça-feira (28) o Ministério da Saúde elevou a classificação de risco do Brasil para nível 2, que significa “perigo eminente”. Até segunda-feira (27) o país estava com nível 1 de alerta. A escala vai de 1 a 3 – que é o nível mais elevado e só é ativado quando são confirmados casos transmitidos dentro do país.
O governo mudou a definição para casos suspeitos seguindo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e passou a tratar “todo e qualquer eventual caso suspeito aqueles procedentes da China” nos últimos 14 dias.
Anteriormente, a orientação era que só seriam considerados suspeitos casos que fossem procedentes da cidade onde está o epicentro do vírus. O ministério desaconselha viagens à China.