São Paulo - O Brasil subiu três posições no ranking de corrupção elaborado pela organização Transparência Internacional. De acordo com o dados divulgados nesta quarta-feira, o país está na 69ª posição no Corruption Perception Index (Índice de percepção de corrupção, em tradução livre).
Foram avaliados 175 países - os que ficaram nas primeiras posições são os menos corruptos. O ranking foi feito com base em notas que vai de 0 a 100. Quanto mais próxima de zero, mais corrupto é o país.
O Brasil registrou 43 pontos, um a mais do que no ano passado. Com isso, o país subiu 3 posições em relação ao ranking de 2013 - mas isso não é uma boa notícia.
Primeiro, porque com esta pontuação o Brasil continua sendo considerado mais corrupto que nações como Ruanda, Namíbia, Cabo Verde, Emirados Árabes, Turquia e Cuba. Na América Latina, o Brasil está atrás de Chile e Uruguai, ambos com 73 pontos e na 21ª posição do ranking. Veja quais são os 40 países mais corruptos do mundo.
Além disso, o avanço em apenas um ponto pode ser um sinal de que o Brasil está estagnado no assunto. E em termos de corrupção nacional, estagnação é um péssimo sinal.
Segundo Alejandro Salas, diretor regional para as Américas da Transparência Internacional, cada ano sem melhoras significa mais 365 dias perdidos no processo de fortalecimento das instituições do Estado e da melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Para o especialista, o sutil avanço do Brasil no ranking pode ser explicado porque com algumas reformas pontuais contra a corrupção, mas que, na prática, não trazem avanços em questões centrais.
O caso do escândalo da Petrobras é um exemplo, segundo Salas. "Ao invés de fazer uso positivo de sua influência como líder geopolítico, o Brasil mostra sinais de estagnação e até mesmo de atraso, permitindo o abuso de poder e o roubo de recursos do país para o benefício de poucos", afirmou o diretor em texto publicado no estudo.
A culpa também é sua
Apesar das críticas aos agentes públicos, Salas diz também que o cidadão comum tem sua parcela de responsabilidade pela corrupção. "Parece pouco realista pensar que os que se beneficiam da corrupção serão aqueles que vão trabalhar para erradicá-la", afirma.
Ele diz que os membros da socidade civil também são culpados em vários níveis: quando subornam um policial para se livrar de uma multa, quando justiticam o voto em um político corrupto usando a famosa frase "ele rouba mas faz" e quando simplesmente se conformam com a ideia de que a corrupção é inevitável.
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1. Corrupção no setor público
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1/40 (Ed Jones/AFP/Getty Images)
São Paulo – Todos os anos, a organização não governamental (
ONG) Transparency International realiza um abrangente estudo sobre a
corrupção mundo afora. Divulgada nesta manhã, a edição 2014 do
Corruption Perpception Index (Índice de Percepção da Corrupção) avaliou 174 países. A partir da opinião de diversos especialistas no tema, são conferidas aos países notas que variam de 0 a 100. Quanto mais próxima de zero for a pontuação, mais corrupto é o setor público daquele lugar. Nesta galeria, foram considerados apenas os países mais problemáticos, de acordo com a sua classificação geral no índice, e os destaques são a
Somália e a
Coreia do Norte. Ambos registraram a nota 8, considerada muito ruim. Juntos, os países ocupam a última posição no ranking, a 174ª. Para a entidade, os resultados mostram que a corrupção é uma realidade global e nenhum país conseguiu atingir a nota máxima. A Dinamarca, por exemplo, que ocupa a 1ª posição da classificação geral, obteve 92 pontos.
Já o Brasil ficou em 69º, com nota 43. Veja nas imagens quais são os países mais corruptos do planeta, segundo a Transparency International.
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2. Somália
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2/40 (John Moore/Getty Images)
Classificação geral: 174
Pontuação (2014): 8
Pontuação (2013): 8
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3. Coreia do Norte
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3/40 (AFP)
Classificação geral: 174
Pontuação (2014): 8
Pontuação (2013): 8
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4. Sudão
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4/40 (Getty Images)
Classificação geral: 173
Pontuação (2014): 11
Pontuação (2013): 11
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5. Afeganistão
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5/40 (Omar Sobhani/Arquivo/Reuters)
Classificação geral: 172
Pontuação (2014): 12
Pontuação (2013): 8
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6. Sudão do Sul
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6/40 (REUTERS/Andreea Campeanu)
Classificação geral: 171
Pontuação (2014): 15
Pontuação (2013): 14
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7. Iraque
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7/40 (Getty Images)
Classificação geral: 170
Pontuação (2014): 16
Pontuação (2013): 16
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8. Turcomenistão
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8/40 (STR/AFP/Getty Images)
Classificação geral: 169
Pontuação (2014): 17
Pontuação (2013): 17
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9. Uzbequistão
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9/40 (DENIS SINYAKOV/AFP/Getty Images)
Classificação geral: 166
Pontuação (2014): 18
Pontuação (2013): 17
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10. Líbia
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10/40 (Mahmud Turkia/AFP)
Classificação geral: 166
Pontuação (2014): 18
Pontuação (2013): 15
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11. Eritreia
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11/40 (Wikimedia Commons)
Classificação geral: 166
Pontuação (2014): 18
Pontuação (2013): 20
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12. Iêmen
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12/40 (Mohammed Huwais/AFP)
Classificação geral: 161
Pontuação (2014): 19
Pontuação (2013): 18
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13. Venezuela
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13/40 (Getty Images)
Classificação geral: 161
Pontuação (2014): 19
Pontuação (2013): 20
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14. Haiti
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14/40 (Héctor Retamal/AFP)
Classificação geral: 161
Pontuação (2014): 19
Pontuação (2013): 19
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15. Guiné-Bissau
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15/40 (STR/AFP/Getty Images)
Classificação geral: 161
Pontuação (2014): 19
Pontuação (2013): 19
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16. Angola
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16/40 (Simon Dawson/Bloomberg)
Classificação geral: 161
Pontuação (2014): 19
Pontuação (2013): 23
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17. Síria
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17/40 (Reuters)
Classificação geral: 159
Pontuação (2014): 20
Pontuação (2013): 17
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18. Burundi
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18/40 (Wikimedia Commons/Andreas31)
Classificação geral: 159
Pontuação (2014): 20
Pontuação (2013): 21
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19. Mianmar
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19/40 (Soe Than WIN/AFP/Getty Images)
Classificação geral: 156
Pontuação (2014): 21
Pontuação (2013): 21
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20. Zimbábue
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20/40 (Kate Holt/Bloomberg News/Bloomberg)
Classificação geral: 156
Pontuação (2014): 21
Pontuação (2013): 21
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21. Camboja
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21/40 (Getty Images)
Classificação: 156
Pontuação (2014): 21
Pontuação (2013): 20
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22. República Democrática do Congo
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22/40 (©afp.com / Phil Moore)
Classificação geral: 154
Pontuação (2014): 22
Pontuação (2013): 22
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23. Chade
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23/40 (Getty Images)
Classificação geral: 154
Pontuação (2014): 22
Pontuação (2013): 19
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24. Congo
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24/40 (Kenny Katombe/Reuters)
Classificação geral: 152
Pontuação (2014): 23
Pontuação (2013): 22
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25. Paraguai
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25/40 (Motorway065/Wikimedia Commons)
Classificação geral: 150
Pontuação (2014): 24
Pontuação (2013): 24
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26. República Centro Africana
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26/40 (Daniel Flynn/Reuters)
Classificação geral: 150
Pontuação (2014): 24
Pontuação (2013): 25
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27. Papua Nova Guiné
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27/40 (Chris Hyde/Getty Images)
Classificação geral: 145
Pontuação (2014): 25
Pontuação (2013): 25
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28. Quênia
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28/40 (Getty Images)
Classificação geral: 145
Pontuação (2014): 25
Pontuação (2013): 27
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29. Guiné
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29/40 (AFP)
Classificação geral: 145
Pontuação (2014): 25
Pontuação (2013): 24
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30. Bangladesh
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30/40 (REUTERS/Andrew Biraj)
Classificação geral: 145
Pontuação (2014): 25
Pontuação (2013): 27
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31. Laos
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31/40 (Andy Wright/ WikimediaCommons)
Classificação geral: 145
Pontuação (2014): 25
Pontuação (2013): 26
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32. União das Comores
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32/40 (Sascha Grabow / Wikipedia)
Classificação geral: 142
Pontuação (2014): 26
Pontuação (2013): 28
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33. Uganda
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33/40 (Getty Images)
Classificação geral: 142
Pontuação (2014): 26
Pontuação (2013): 26
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34. Nigéria
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34/40 (Afolabi Sotunde/Reuters)
Classificação geral: 136
Pontuação (2014): 27
Pontuação (2013): 25
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35. Líbano
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35/40 (Getty Images)
Classificação geral: 136
Pontuação (2014): 27
Pontuação (2013): 28
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36. Quirguistão
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36/40 (Wikimedia Commons / alexeya)
Classificação geral: 136
Pontuação (2014): 27
Pontuação (2013): 24
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37. Rússia
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37/40 (Getty Images/Andreas Rentz)
Classificação geral: 136
Pontuação (2014): 27
Pontuação (2013): 28
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38. Irã
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38/40 (AFP)
Classificação geral: 136
Pontuação (2014): 27
Pontuação (2013): 25
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39. Camarões
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39/40 (foto/Wikimedia Commons)
Classificação: 136
Pontuação (2014): 27
Pontuação (2013): 25
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40. Agora veja os países mais impactados por atos terroristas
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40/40 (Getty Images)