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Brasil lutará por menos protecionismo e mais transparência no comércio no G20, diz coordenadora

Tatiana Prazeres comentou que a intenção é orientar o debate internacional a partir de parâmetros que possam ser acordados para garantir que comércio e desenvolvimento sustentável se reforcem

Segundo a secretária, não se trata de uma conversa fácil, pois o tema é altamente complexo (Gabriel Lemes/Divulgação)

Segundo a secretária, não se trata de uma conversa fácil, pois o tema é altamente complexo (Gabriel Lemes/Divulgação)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 30 de janeiro de 2024 às 17h03.

O Brasil, que este ano preside o grupo das 20 maiores economias do globo (G20), lutará para que o comércio internacional seja mais transparente, inclusivo e com um menor grau de protecionismo, incluindo ações ligadas à sustentabilidade ambiental.

A meta foi explicada pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, que é uma das coordenadoras do grupo de trabalho (GT) "Comércio e Investimentos" do G20.

"O G20 oferece uma oportunidade única para influenciar o debate global sobre desenvolvimento e sustentabilidade. Há um risco de fragmentação, transparência e isso tem implicações para o desenvolvimento do comércio global, então são precisos parâmetros mínimos", disse. "Ninguém discute a legitimidade de políticas públicas orientadas para a sustentabilidade, como o Brasil, mas há espaço para melhorar a governança global", continuou.

Assunto complexo

Segundo a secretária, não se trata de uma conversa fácil, pois o tema é altamente complexo. Ela explicou que, nesta primeira rodada de reuniões (na segunda-feira, 29 e nesta terça, 30) do grupo de trabalho o Brasil sugeriu a adoção de parâmetros para todos os membros do grupo.

"A ideia é que possa haver um entendimento no âmbito de princípios de interação de políticas de comércio afetadas por outros objetivos. Poderia se pensar: países do G20 poderiam se comprometer a fazer medidas transparentes, não tão restritivas, baseadas em ciência, não discriminar e evitar protecionismo disfarçado", elencou.

Tatiana Prazeres comentou que a intenção é orientar o debate internacional a partir de parâmetros que possam ser acordados para garantir que comércio e desenvolvimento sustentável se reforcem, se complementem. "Este é o esforço: fazer com que não haja impacto negativo para o comércio." Após a primeira rodada de reuniões que, desta vez, ocorreu de forma virtual, estão previstos mais três encontros presenciais ao longo do ano. A reunião ministerial da área está marcada para outubro.

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