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Brasil iniciará produção de míssil com a África do Sul

Segundo um comunicado da FAB, o míssil está em fase final de testes e praticamente pronto para começar a ser produzido em grande


	O jato F-5E da FAB: na fábrica brasileira serão produzidos os mísseis com os quais serão equipados os caças da FAB
 (Sean Gallup/Getty Images)

O jato F-5E da FAB: na fábrica brasileira serão produzidos os mísseis com os quais serão equipados os caças da FAB (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 15h29.

Rio de Janeiro - A Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou nesta sexta-feira que começará a produzir a partir de 2015 o A-Darter, um míssil ar-ar (lançado de aeronaves contra alvos aéreos) de curto alcance, equipado com guia infravermelho e de alta margem de manobra, que passou a desenvolver em conjunto com a África do Sul em 2006.

Segundo um comunicado da FAB, o míssil está em fase final de testes e praticamente pronto para começar a ser produzido em grande escala tanto no Brasil como na África do Sul, já que ambos os países exportarão essa tecnologia em conjunto.

Os mísseis A-Darter serão usados nos aviões de combate JAS-39 Gripen da Força Aérea Sul-Africana (SAAF) e nos caças F-5 da FAB, assim como nos 36 caças-bombardeiros que o Brasil pretende adquirir mediante uma licitação, que, por enquanto, se encontra paralisada.

Para poder iniciar a fabricação dos mísseis no país, a FAB assinou um contrato de R$ 1,4 milhão com a empresa Denel do Brasil para montar um parque industrial na cidade de São José dos Campos, o qual será destinado inteiramente ao projeto.

A empresa em questão é uma subsidiária da Denel Aerospace System, a companhia sul-africana responsável pelo projeto conjunto e que tem uma ampla experiência na produção de mísseis. O A-Darter é a quinta geração da família de mísseis da empresa sul-africana.


Na fábrica brasileira serão produzidos os mísseis com os quais serão equipados os caças da FAB, assim como os componentes que o Brasil e a África do Sul exportarão em conjunto.

O Brasil entrou no projeto de desenvolvimento do A-Darter em 2006, mediante a participação de indústrias vinculadas à FAB. Posteriormente, o país passou a ser co-proprietário dos direitos de propriedade intelectual e industrial do míssil, assim como garantiu a transferência de tecnologia para empresas brasileiras que apoiarão a fabricação do mesmo no país, entre elas a Avibras, Mectron e Opto Eletronica.

O A-Darter, com 2,98 metros de altura e 90 quilos de peso, foi concebido como um míssil ar-ar, ou seja, com características para equipar aviões de combate e destruir alvos no ar a curta distância.

Seu sensor lhe permite detectar o calor dos aviões e helicópteros inimigos, sendo que sua uma de suas principais vantagens é poder atingir alvos que não estejam só na frente, mas também aos lados e atrás da aeronave. 

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