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Brasil homenageia Medellín e seu povo por solidariedade

A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto e conduzida pelo presidente Michel Temer, que outorgou a Medellín a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul

Johan Alexis, que ajudou no resgate, e o prefeito de Medellin: junto com outros quatro funcionários do município, eles receberam a Ordem de Rio Branco (Valter Campanato/Agência Brasil)

Johan Alexis, que ajudou no resgate, e o prefeito de Medellin: junto com outros quatro funcionários do município, eles receberam a Ordem de Rio Branco (Valter Campanato/Agência Brasil)

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EFE

Publicado em 16 de dezembro de 2016 às 21h10.

Brasília - O governo brasileiro realizou nesta sexta-feira uma emotiva homenagem a autoridades e cidadãos da Colômbia que participaram da assistência às vítimas da queda do avião que transportava a delegação da Chapecoense.

A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto e conduzida pelo presidente Michel Temer, que outorgou a Medellín a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, o mais alto reconhecimento conferido pelo Estado brasileiro, e condecorou 12 colombianos por sua atuação durante o desastre.

Embora fosse extensiva a todo o povo colombiano, a homenagem se centrou em Medellín, onde no último dia 28 de novembro o avião em que viajava a equipe de Chapecó sofreu um gravíssimo acidente no qual morreram 71 de seus 77 ocupantes, entre eles quase todos os jogadores da Chapecoense e 20 jornalistas.

"As palavras nunca bastarão para agradecer à Colômbia e a cada um dos colombianos por esse exemplo de solidariedade, de humanidade, que deram para todos os povos e todos os países", declarou Temer.

Já a Ordem de Rio Branco foi concedida ao prefeito de Medellín, Federico Gutiérrez Zuluaga, e a outros quatro funcionários desse município, assim como à apresentadora da "TV Caracol", Mónica Jaramillo, e ao jovem Johan Alexis Ramírez Castro, de 15 anos, que ajudou a guiar os socorristas ao local da queda.

O jovem, conhecido desde a tragédia como "menino anjo", foi o mais aplaudido na cerimônia e recebeu das mãos do ministro da Defesa, Raul Jungmann, uma camiseta da seleção brasileira de futebol.

A Ordem do Mérito da Defesa, reservada para integrantes das forças armadas e organismos de segurança, foi entregue ao comandante da Força Aérea Colombiana, Carlos Eduardo Bueno Vargas, e ao diretor da Polícia Nacional, Jorge Hernando Nieto Rojas.

Também receberam essa condecoração o comandante da Base Aérea de Rionegro, Fabio Alberto Sánchez, o secretário de Segurança de Medellín, Gustavo Villegas Restrepo, e o subsecretário de Proteção Social de Antioquia, Juan David Arteaga Flórez.

O prefeito de Medellín agradeceu em nome dos homenageados; disse que a população dessa cidade sentiu "esta tragédia como própria" e assegurou que a reação solidária frente ao desastre mostrou "a verdadeira Colômbia, a da gente de paz e solidária".

Segundo o ministro das Relações Exteriores, José Serra, presente na homenagem, "estas condecorações são um gesto muito pequeno que nunca poderá equiparar-se ao imenso amor recebido dos colombianos".

Nesse sentido, Serra citou o falecido escritor Gabriel García Márquez e afirmou que "o amor faz-se maior e nobre na calamidade".

Todos os colombianos condecorados nesta cerimônia chegaram a Brasília hoje mesmo, em um avião da Força Aérea Brasileira, no qual retornaram a seu país após o final do ato.

O único brasileiro entre os homenageados foi o prefeito da cidade de Chapecó, Luciano José Buligon, que quando soube do acidente viajou imediatamente a Medellín para prestar assistência às vítimas e seus familiares.

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