Parte de trem acidentado na Espanha é retirado: o consórcio espanhol está formado pelas empresas públicas Adif, Renfe e Ineco, junto com as privadas Talgo, Elecnor, Cobra (ACS), Abengoa, Indra, Thales, Bombardier e Dimetronic. (REUTERS/Miguel Vidal)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2013 às 13h17.
Rio de Janeiro - As autoridades brasileiras estudam as explicações da empresa Renfe sobre o acidente do trem acidentado em Santiago de Compostela para decidir se autoriza a participação do consórcio espanhol no leilão da primeira linha de alta velocidade do país.
O presidente da estatal Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, afirmou em declarações a jornalistas que, se estiverem corretas as explicações da Renfe, o acidente com 79 mortos "não inviabilizaria" a participação espanhola na licitação do trem-bala que unirá Rio de Janeiro e São Paulo.
No entanto, Figueiredo assegurou que as autoridades brasileiras terão que "avaliar" os argumentos dados pela Renfe, que comunicou que o acidente não ocorreu em um trecho de alta velocidade.
Segundo a folha de condições, não pode participar da licitação nenhum operador que tenha sofrido acidentes mortais em um período de cinco anos em uma linha de alta velocidade, onde a velocidade permitida é superior a 250 km/h.
O diretor declarou que dois consórcios mostraram "grande interesse" pela licitação que está prevista para o próximo dia 19 de setembro: o francês e o espanhol.
O consórcio espanhol está formado pelas empresas públicas Adif, Renfe e Ineco, junto com as privadas Talgo, Elecnor, Cobra (ACS), Abengoa, Indra, Thales, Bombardier e Dimetronic.
O projeto do trem de alta velocidade Rio-São Paulo-Campinas, o primeiro da América Latina, terá uma extensão de 511 quilômetros e calcula-se que exigirá investimentos de cerca de US$ 17,177 bilhões.