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Brasil está pronto para possíveis ataques, diz ministro

O ministro da Justiça disse que “o Brasil está totalmente preparado, como todos os países do mundo que têm a melhor preparação" contra ataques terroristas


	Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes: "o que posso afirmar é que fizemos a lição de casa"
 (Adriano Machado / Reuters)

Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes: "o que posso afirmar é que fizemos a lição de casa" (Adriano Machado / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2016 às 21h38.

O Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI), criado sob a coordenação da Polícia Federal para agilizar a troca de informações e o levantamento de dados de inteligência entre polícias de diversos países durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, foi inaugurado hoje (1º) à tarde na sede da Interpol (Polícia Internacional), em Brasília.

O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, participou da inauguração e disse que 250 policiais de 55 países vão atuar 24 horas por dia no CCPI com dois objetivos principais: a prisão de criminosos internacionais foragidos e que eventualmente venham ao Brasil e a troca de informações para captar qualquer possibilidade de preparação de atos terroristas.

“Não há nada mais inteligente para o combate a criminalidade e para o combate ao terrorismo do que a prevenção. Inteligência, informação e cooperação. Esse centro possibilita que cada um dos policiais que estão aqui presentes possam se comunicar imediatamente com seu país de origem, uma comunicação em tempo real, consultando bancos de dados do seu país de origem e fazendo o cruzamento desses dados”, disse.

Alexandre de Moraes está confiante de que os jogos vão transcorrer com tranquilidade e segurança e avalia que o país está preparado para atuar nos aeroportos e arenas olímpicas em caso de necessidade.

“O Brasil está totalmente preparado, como todos os países do mundo que têm a melhor preparação. Nenhum país nem ninguém pode afirmar 100% que não ocorrerá um crime ou um ato, isso é uma afirmação impossível. O que posso afirmar é que fizemos a lição de casa. Tudo de mais moderno, tudo que há de integração com outros países, tudo que há de informação e inteligência, nós temos no Brasil. Estamos preparados para qualquer eventualidade.”

O CCPI faz parte do sistema integrado de comando e controle da Polícia Federal para grandes eventos. A primeira edição do centro foi montado durante a Copa das Confederações, em 2013, quando 22 policiais de oito países atuaram em parceria na país. Na Copa do Mundo, em 2014, a estrutura foi ampliada e teve a atuação de 205 policiais de 37 países.

Agora, para as Olimpíadas e Paralimpíadas, os policiais de 55 países vão se dividir em dois centros de comando e controle, um em Brasília e outro no Rio de Janeiro, que será inaugurado na terça-feira (2).

Dupla checagem

O ministro da Justiça avaliou que desde a Copa do Mundo houve um processo de aperfeiçoamento da forma de trabalho da Polícia Federal e da Interpol, além da ampliação de cruzamentos de informações em bancos de dados internacionais.

“Nós temos hoje a possibilidade de acesso a todas as pessoas que embarcam para o Brasil e nós temos essa informação antes de essas pessoas chegarem ao Brasil para que possamos checar se há algum problema em qualquer desses bancos de dados internacionais”, disse.

“Temos também os dados de documentos furtados ou roubados de todos esses países, caso esses documentos sejam apresentados no check in ou na imigração, isso imediatamente seja apontado à autoridade da imigração”.

Segundo o ministro, o programa de cruzamento de bancos de dados criado para as Olimpíadas permite uma dupla checagem da imigração nos aeroportos a partir da coleta de digitais. “Além da checagem normal, agora temos essa dupla checagem, duas vezes mais segurança”, disse.

A novidade evitou que um criminoso foragido entrasse no país na última quarta-feira (27).

“Na semana passada, no aeroporto de Cumbica, em São Paulo, uma pessoa que vinha da Inglaterra, mas de nacionalidade, salvo engano, do Quatar, quando ele colocou o dedo [no sistema de leitura de digitais] deu que havia um mandado de prisão expedido pela Inglaterra, e a Interpol o estava procurando por estelionato. Isso constou e ele foi imediatamente deportado.”

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