Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, após reunião bilateral em Durban: a presidente está na África do Sul para participar de encontro dos Brics (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2013 às 08h56.
Durban, África do Sul - A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil vive um momento de renovar e expandir a infraestrutura.
Em discurso para os chefes de Estado e comitivas de empresários presentes no encontro dos países dos Brics - formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - Dilma afirmou ainda que o plano de investimentos brasileiro soma US$ 250 bilhões e que o objetivo é atrair a participação estrangeira.
"Estamos procurando renovar e expandir a infraestrutura brasileira", disse a presidente, em Durban. "Temos um projeto bastante significativo, assim como a China, de US$ 250 bilhões", afirmou.
"Pretendemos atrair parceiros para esse investimento", completou, dizendo que esses recursos serão compostos por aportes públicos, privados nacionais e internacionais.
Dilma saudou ainda a criação do conselho de empresas dos países dos Brics, com a participação de empresas brasileiras (Banco do Brasil, Weg, Vale, Gerdau e Marcopolo). "O conselho é um mecanismo inovador e vai contribuir para a comunidade de negócios entre países", disse.
A presidente disse que o momento atual é marcado por profundas mudanças econômicas que tornam os países dos Brics atores fundamentais para a economia mundial.
"Pela primeira vez, no ano passado, os países em desenvolvimento atraíram mais investimento estrangeiro direto do que os países desenvolvidos", comentou a presidente, lembrando que os Brics ficaram com 20% desse total (US$ 263 bilhões).
Ela também ressaltou as políticas de combate à crise. "Resistimos à crise global, que afeta os mercados desenvolvidos, com políticas que reforçam nossa capacidade de crescimento e nossa estabilidade econômica."
"Nos distinguimos, também, porque temos aplicado modelos de desenvolvimento econômico com inclusão social", afirmou. "Isso amplia nossos mercados domésticos. Além de ser questão ética, é questão econômica para ampliar o mercado interno."