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Brasil está engajado em acordo do clima, diz ministra

Segundo a ministra do Meio Ambiente, o Brasil está a vanguarda para tentar costurar um acordo global da 21ª Conferência do Clima (COP 21)


	A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira
 (Elza Fiúza/Agência Brasil)

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira (Elza Fiúza/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2015 às 22h41.

O Brasil está na vanguarda para tentar costurar um acordo global da 21ª Conferência do Clima (COP 21), que será realizada em dezembro próximo, em Paris.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (14) pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

O principal objetivo é garantir um novo acordo entre os países para diminuir a emissão de gases de efeito estufa, reduzindo o aquecimento global e limitando o aumento da temperatura em 2ºC até 2100.

De acordo com a ministra, que participou hoje de debate na Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio) sobre a encíclica do papa Franciso sobre meio ambiente, o Brasil está engajado em viabilizar o acordo de Paris. 

"Deveremos trabalhar soluções nessas negociações envolvendo três itens. O primeiro é a questão da diferenciação, como fazer para que todos os países possam convergir com o compromisso de aumento de até dois graus [Célsius] de temperatura neste século. O segundo diz respeito às soluções em relação a financiamentos. E o terceiro é podermos avançar em um debate sobre adaptação e esperamos que o Brasil possa lançar, até o fim do ano, para consulta, a proposta do Plano Nacional de Adaptação.”

A ministra destacou que o Brasil defenderá em Paris que o acordo deve ter, além de soluções financeiras e econômicas, uma proposta balanceada entre mitigação e adaptação.

Segundo ela, o Brasil tem feito sua parte na redução das emissões de carbono e dos índices de desmatamento.

“O Brasil é o país que mais reduziu emissões e o desmatamento no planeta. Obviamente, temos o desafio de acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia e de ampliar as redes de monitoramento nos demais biomas brasileiros, além de buscar uma política de restauração florestal. São desafios enormes, mas somos o país que está propondo isso em primeira mão.”

Reitor da PUC, padre Josafá Carlos de Siqueira participou do debate e disse que o principal da encíclica papal é o resgate da ecologia integral. “Aí está o ponto central. Se conseguirmos, enquanto sociedade, resgatar a dimensão da pluralidade humana será um grande trunfo. É aí que tem a tríplice relação: com o transcendente, com o outro e com a natureza. Com isso, combateremos o individualismo”, conclui padre Josafá.

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