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Brasil envia técnicos, medicamentos e material hospitalar para ajudar Haiti

Combate ao surto de cólera vai contar com ajuda de técnicos do Ministério da Saúde, medicamentos e material hospitalar

O presidente do Haiti, René Préval, já informou que que 138 pessoas já morreram de cólera e 1,5 mil estão contaminadas (Getty Images)

O presidente do Haiti, René Préval, já informou que que 138 pessoas já morreram de cólera e 1,5 mil estão contaminadas (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2010 às 09h52.

Brasília - Técnicos brasileiros do Ministério da Saúde, além de medicamentos e material hospitalar, serão enviados ao Haiti na próxima semana para ajudar o governo do presidente haitiano, René Préval, no combate ao surto de cólera no país. Dados recentes mostram que, pelo menos, 138 pessoas morreram e 1,5 mil estão contaminadas. É o pior registro de contaminação da doença desde o terremoto do dia 12 de janeiro deste ano.

Na tentativa de conter o avanço da doença no Haiti, equipes de saúde das Nações Unidas intensificaram a distribuição de pastilhas para purificação de água, vasilhames, kits higiênicos e soro reidratante.

O Ministério das Relações Exteriores informou que alguns técnicos da área de saúde do Brasil já chegaram ao Haiti. A ideia é avaliar a situação para que mais profissionais sigam para Porto Príncipe (capital haitiana) nos próximos dias. O governo avalia ainda a possibilidade de ampliar a cooperação a ser prestada pelo Brasil por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Na próxima semana, voos especiais da Força Aérea Brasileira (FAB) seguem para Porto Príncipe com carregamento de antidiarreicos, sais para reidratação oral e antibióticos, além de luvas e materiais descartáveis.

Em nota oficial, o Itamaraty informou que “o governo brasileiro acompanha com preocupação” os casos de cólera nas regiões de Mirebalais e Saint Marca – localizadas a cerca de 100 quilômetros da capital do Haiti.

A nota lembra que a situação é ainda “mais difícil” em decorrência da realidade enfrentada no Haiti, que ainda passa pelo processo de reconstrução depois do terremoto de janeiro. A maioria da população vive em tendas e barracas o que, para as autoridades haitianas, aumenta o risco de contaminação devido à falta de condições adequadas de higiene.

O Itamaraty informou também que a Embaixada do Brasil em Porto Príncipe mantém permanente contato com a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), integrantes do governo Préval e organizações não governamentais.

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