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Brasil enfrenta teste crítico, diz Financial Times

Para o jornal britânico, um possível impeachment da presidente poderia fazer o Brasil enfrentar uma forte paralisação


	A presidente Dilma Rousseff em uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto
 (Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas)

A presidente Dilma Rousseff em uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto (Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 30 de setembro de 2015 às 11h33.

São Paulo – Em publicação nesta quarta-feira (30), o jornal britânico Financial Times diz que um possível impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) poderia fazer o Brasil enfrentar uma forte paralisação. 

A publicação pontua que, desde a reeleição da presidente, a economia brasileira, a maior de toda a América Latina, caiu em recessão ao mesmo tempo em que o próprio partido que segue no poder está envolvido no maior escândalo de corrupção do país. 

“Com as próprias pesquisas de opinião, alegando que dois terços dos brasileiros apoiam um processo de impeachment contra Dilma, uma das mais jovens democracias do mundo está enfrentando um teste crítico”, diz a reportagem.

O jornal lembra que o Brasil já esteve entre os países com maior crescimento econômico do mundo – chegando em um patamar como o da China, de 7,5% em 2010.

Porém, neste ano, a previsão é de um encolhimento de quase 3%, e a situação, segundo o FT, deve se prolongar para 2016.

Contudo, o dilema está na decisão dos políticos brasileiros sobre a abertura de um processo de impeachment. “A dúvida é se seria prejudicial retirar um presidente eleito apenas por sua impopularidade, ou incompetência, sem ter comprovadamente cometido um crime”, diz o texto.

“O risco é que, sem uma base forte, um impeachment poderia prejudicar a reputação do Brasil”, responde. 

A publicação afirma que o 'lado positivo' da situação é que a presidente poderia investir em reformas mais agressivas para impulsionar as finanças do Brasil e, assim, conseguir aliviar a pressão popular que torce por sua saída. 

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