Chanceler: o Itamaraty reiterou a importância do respeito à "integridade, autonomia e independência do Tribunal Supremo de Justiça" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
EFE
Publicado em 12 de janeiro de 2019 às 10h48.
Última atualização em 12 de janeiro de 2019 às 11h05.
Brasília — O Brasil elogiou na sexta-feira a disposição do presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o opositor Juan Guaidó, de assumir constitucionalmente presidência do país diante da "ilegitimidade" da posse de Nicolás Maduro.
"O Brasil continua comprometido para ajudar o povo venezuelano a recuperar a liberdade e a democracia, e seguirá em coordenação com os restantes atores imbuídos no mesmo propósito", afirmou o Ministério de Relações Exteriores em comunicado.
O presidente Jair Bolsonaro considera que a Venezuela está sob um regime ditatorial sob o comando de Maduro.
Na nota publicada, o Itamaraty reiterou a importância do respeito à "integridade, autonomia e independência do Tribunal Supremo de Justiça legítimo da Venezuela", que atualmente está no exílio em Washington.
A reação foi uma resposta às declarações feitas hoje por Guaidó, que pediu apoio dos militares venezuelanos e da comunidade internacional para assumir o poder. Para a oposição e vários países, entre eles o Brasil, a eleição de Maduro foi ilegítima.
Ontem, o Itamaraty divulgou uma nota em que expressou "pleno apoio" à Assembleia Nacional da Venezuela, ressaltando que o órgão foi democraticamente eleito e que seria responsável pela autoridade executiva do país diante da situação de Maduro.
"Nicolás Maduro não atendeu às exortações do Grupo de Lima, formuladas na Declaração de 4 de janeiro, e iniciou novo mandato presidencial ilegítimo", disse o comunicado do ministério.
Maduro foi reeleito em maio do ano passado, uma eleição que considerada como "fraudulenta" pela oposição e por vários países.
Na última sexta-feira, o Grupo de Lima, do qual o Brasil faz parte, divulgou uma declaração na qual anunciou que os países que compõe o bloco não reconhecerão o novo governo de Maduro. Apenas o México não quis assinar o documento.