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Brasil é um país pacífico e assim continuará, diz Dilma

Dois dias após receber o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, a presidente defendeu o fortalecimento das Forças Armadas

Dilma em evento sobre submarinos: "nossa capacidade de ampliar (a defesa) será tanto maior quanto mais bem equipadas estiverem nossas Forças Armadas", disse (Roberto Stuckert Filho/PR/Divulgação)

Dilma em evento sobre submarinos: "nossa capacidade de ampliar (a defesa) será tanto maior quanto mais bem equipadas estiverem nossas Forças Armadas", disse (Roberto Stuckert Filho/PR/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2014 às 13h39.

Itaguaí - Dois dias após receber o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que apurou crimes e violações de direitos humanos que ocorreram no período de 1946 a 1988 - com foco na ditadura militar (1964-1985) -, a presidente Dilma Rousseff defendeu o fortalecimento das Forças Armadas brasileiras.

"O Brasil é um País pacífico e assim continuará. Isso, no entanto, não significa descuidar de nossa defesa ou abdicar de nossa capacidade de dissuasão", disse Dilma, tendo a seu lado o ministro da Defesa, Celso Amorim, e os comandantes dos três organizações militares: Marinha, Exército e Aeronáutica.

"Nossa capacidade de ampliar (a defesa) será tanto maior quanto mais bem equipadas estiverem nossas Forças Armadas e mais forte nossa indústria da defesa. Temos um patrimônio muito valioso para proteger", acrescentou Dilma, em discurso na cidade de Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

A presidente participou da inauguração do prédio principal do estaleiro de construção dos submarinos, integrante do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), onde foi recebida cordialmente pelos militares e aplaudida de pé pelo menos duas vezes por todos os presentes.

Acompanhada também pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e pelo diretor-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, Dilma ressaltou que a modernização das Forças Armadas é um passo de um "necessário e estratégico processo".

Representavam ali as autoridades militares o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, o comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Juniti Saito, e o comandante do Exército, general Enzo Peri.

"Um segundo objetivo estratégico para os investimentos que estamos realizando aqui é fazer de nossa indústria da defesa um vetor de inovação e de expansão da indústria do nosso País. Nós aprendemos com os países desenvolvidos que o poder de compra e os processos de modernização e reequipagem podem e devem ser instrumento a favor do desenvolvimento do nosso País", afirmou Dilma.

A presidente ainda ressaltou o potencial de transferência tecnológica e de formação de profissionais, empregando também mão de obra local, com o investimento realizado na região.

"Aqui em Itaguaí nós estamos fazendo exatamente isso. Nossa parceria estratégica com a França nos garante transferência de tecnologia e formação profissional", disse.

"Estamos produzindo mais tecnologia, mais inovação, mais desenvolvimento industrial e sobretudo mais empregos no Brasil. Porque produzir mais empregos é um compromisso que devemos ter com nossa população, empregos de qualidade e que queremos cada vez mais que contemplem a população brasileira", acrescentou a presidente.

O conteúdo nacional empregado na obra, que integra o Prosub (programa de mais de R$ 28 bilhões), atingiu cerca de 95% de toda a construção do prédio principal, segundo o comandante da Marinha.

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