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Brasil e Ucrânia decidem acelerar programa de lançamento de satélites

Dilma e Yanukovych classificaram o desenvolvimento do projeto Cyclone-4 Alcântara como 'prioridade' na relação entre os países

Para essa iniciativa, ambos decidiram no momento da assinatura do acordo um investimento total de US$ 588 milhões, em partes iguais, até 2013 (Planalto.gov)

Para essa iniciativa, ambos decidiram no momento da assinatura do acordo um investimento total de US$ 588 milhões, em partes iguais, até 2013 (Planalto.gov)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2011 às 17h57.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta terça-feira o chefe de Estado da Ucrânia, Viktor Yanukovych, com quem decidiu acelerar uma parceria bilateral no mercado de lançamento de satélites.

Em declaração conjunta à imprensa, os dois presidentes classificaram como 'prioridade' na relação entre Brasil e Ucrânia o desenvolvimento do projeto Cyclone-4 Alcântara, estipulado pelos dois países em 2003 para uma 'sociedade estratégica' no setor aeroespacial.

Para essa iniciativa, ambos decidiram no momento da assinatura do acordo um investimento total de US$ 588 milhões, em partes iguais, até 2013.

Da metade que lhe corresponde, o Brasil desembolsou até agora cerca de 42%, enquanto a Ucrânia forneceu cerca de 19% de sua parte.


Segundo fontes oficiais, Yanukovych garantiu a Dilma que seu Governo pretende liberar antes do fim do ano pelo menos US$ 100 milhões, a fim de se equiparar ao investimento já feito pelo Brasil.

O programa assinado em 2003 incluiu a constituição da empresa binacional Cyclone-4 Alcântara e propõe um plano de cooperação para o desenvolvimento conjunto de um lançador de foguetes que operaria na base brasileira de Alcântara, no Maranhão.

Dilma afirmou que esse projeto terá um efeito multiplicador na área tecnológica nacional e introduzirá o Brasil totalmente no mercado de lançamento de satélites, um exclusivo clube de países que conta até agora com Estados Unidos, China, França, Índia, Israel, Japão, Rússia e a própria Ucrânia.

Em documento divulgado após a reunião, os dois presidentes também manifestaram o interesse de expandir a cooperação entre Brasil e Ucrânia na área de prospecção e uso pacífico do espaço exterior, por meio do desenvolvimento conjunto de novos projetos, que não foram especificados.


Além da relação no setor aeroespacial, os líderes revisaram a agenda global e concordaram na necessidade de avançar 'com urgência' em uma reforma profunda dos organismos internacionais que garanta mais atenção aos países em desenvolvimento, o que ambos consideraram essencial para combater a atual crise financeira.

Durante a visita de Yanukovych também foram assinados acordos nas áreas militar, agropecuária, energética, comercial e de saúde.

Além disso, os líderes se comprometeram a estudar alternativas que permitam potencializar o intercâmbio comercial entre os dois países, que, segundo previsões oficiais, deve chegar a US$ 1 bilhão neste ano. 

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