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Brasil e Argentina trabalham por pacto Mercosul/UE

Segundo ministro Mauro Borges, países harmonizam propostas para apresentar uma oferta comum nas negociações entre o Mercosul e a União Europeia (UE)


	Mauro Borges: "a boa notícia é que estamos caminhando para uma oferta conjunta do Mercosul, o que vai fortalecer a posição do bloco", disse o ministro
 (Saulo Cruz/SAEPR)

Mauro Borges: "a boa notícia é que estamos caminhando para uma oferta conjunta do Mercosul, o que vai fortalecer a posição do bloco", disse o ministro (Saulo Cruz/SAEPR)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 21h11.

Buenos Aires - A Argentina e o Brasil harmonizam propostas para apresentar uma oferta comum nas negociações entre o Mercosul e a União Europeia (UE), com vistas a criar uma área de livre-comércio, segundo afirmou nesta sexta-feira, 14, o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio brasileiro, Mauro Borges. "A boa notícia é que estamos caminhando para uma oferta conjunta do Mercosul, o que vai fortalecer a posição do bloco", disse, após reunião mantida com os ministros argentinos de Economia, Axel Kicillof, e de Indústria, Debora Giorgi, e o chefe de Gabinete de Ministros, Jorge Capitanich, em Buenos Aires.

Em entrevista, Borges confirmou que apresentou ao governo da presidente Cristina Kirchner alternativas de financiamento para as importações argentinas de produtos brasileiros para reforçar o comércio bilateral, o qual atingiu US$ 30 bilhões. "Em qualquer parâmetro de comércio internacional, um volume de comércio de US$ 30 bilhões é muito alto e deve ser preservado e desenvolvido" disse ele. Nesse cenário, completou que o esforço entre os dois governos é de buscar formas de linhas de financiamento que viabilize o fortalecimento desse comércio. "O mecanismo alternativo de financiamento favorece a mitigação das barreiras, sem nenhuma dúvida", ilustrou.

O ministro negou-se a oferecer detalhes sobre as propostas em discussão, alegando que há várias alternativas sobre a mesa. "Não temos uma bala de prata para resolver todos os problemas de financiamento do comércio bilateral", disse. O importante, segundo ele, é que existe a possibilidade de ampliar o comércio. Borges afirmou que o uso de moedas locais para o comércio bilateral, sem dólar em espécie, não foi tratado diretamente na reunião. Porém, segundo fontes oficiais, o ministro teve uma reunião à parte com o presidente do Banco Central, Juan Carlos Fábrega.

Borges disse ainda que o setor automotivo não estava na pauta da reunião, mas informou que os dois governos vão retomar o cronograma de negociações sobre um novo acordo comum, que vence em 30 de junho próximo. Também participaram da reunião o assessor especial do Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia, e o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Daniel Godinho.

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