Neymar e Messi: "façamos com que essa rivalidade seja positiva para que os dois possam crescer", acrescentou o secretário nacional de esporte do Brasil (Rich Schultz/Stringer/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2016 às 18h32.
Brasil e Argentina buscam frear o crescente conflito entre os seus torcedores nos Jogos Olímpicos Rio-2016, uma "versão olímpica" da feroz rivalidade no futebol, com uma iniciativa para aproximar as torcidas dos dois países.
"Estamos aqui para lançar uma campanha durante os Jogos Olímpicos para que o brasileiro abrace o argentino e o argentino, o brasileiro", declarou Luiz Lima, secretário nacional de esporte de alto rendimento do Brasil.
"Façamos com que essa rivalidade seja positiva para que os dois possam crescer", acrescentou.
O seu colega argentino, Carlos Mac Allister, um dos promotores da ideia para aliviar as tensões, disse por sua vez que "nós sempre fomos rivais, nunca inimigos" e pediu que não haja "agressão verbal, nem física. Isto é uma Olimpíada, criada para ser um lugar de unidade e diversidade".
As vaias começaram desde a cerimônia de abertura, quando a delegação argentina desfilou, e foram retribuídas por seus vizinhos em todas os estádios que puderam, recordando aos brasileiros sua derrota por 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo em 2014.
Longe do espírito de comunhão que deveria reinar nos Jogos Olímpicos, a disputa subiu de nível quando dois torcedores brigaram durante a partida de tênis disputada por Juan Martin del Potro contra o português João Sousa.
O assédio constante levou os jogadores de basquete da Argentina a criticar os seus próprios torcedores por entoarem canções de estádios de futebol durante as partidas quando o adversário não era nem mesmo o Brasil.
Em outra tentativa de redirecionar a história, os jogadores de rúgbi da Argentina e do Brasil tiraram uma foto juntos após uma partida, um gesto incomum que foi amplamente reproduzido nas redes sociais.