Avião no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo (Claudio Capucho/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 13 de março de 2024 às 16h24.
Última atualização em 13 de março de 2024 às 17h07.
As agências nacionais de aviação civil do Brasil e da Argentina (abreviadas de Anac nos dois casos) assinaram um Memorando de Entendimento que estabelece a política de céus abertos no mercado aéreo entre os dois países. A assinatura dá fim aos limites semanais de voos regulares de passageiros e facilita a liberação de voos cargueiros entre os dois países.
Até então, as empresas de cada lado estavam limitadas a oferecer, em conjunto, o número máximo de 170 voos semanais de passageiros, conforme a regulação de cada país. Os voos cargueiros já eram ilimitados.
Hoje, as aéreas brasileiras operam 163 voos semanais para a Argentina e, desta forma, já se aproximavam do teto.
Segundo a Anac do Brasil, a medida dará mais flexibilidade às empresas para planejarem suas operações, podendo levar ao aumento da oferta dos serviços e à ampliação da concorrência nas rotas que ligam Brasil e Argentina.
O marco foi assinado pelo diretor-presidente da Anac do Brasil, Tiago Pereira, e seu homólogo argentino, Gustavo Marón.
O documento amplia, além disso, a permissão para operações de serviços cargueiros, permitindo que as empresas aéreas dos dois países realizem transporte de carga internacional sem a exigência de que a operação se inicie ou termine no país de origem da empresa (direitos conhecidos no setor como “Sétima Liberdade do Ar”).
Recentemente, além do instrumento com a Argentina, o Brasil negociou direitos semelhantes para carga na região com Chile, Costa Rica, Cuba, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Segundo a Anac do Brasil, o instrumento reconhece, ainda, a necessidade de renegociação do acordo bilateral sobre serviços aéreos, que atualmente é regido por acordo assinado em 1948.