Forças na Costa do Marfim: a crise política, que se desdobrou em crise social e humanitária na Costa do Marfim, começou no fim de 2010 (Zoom Dosso/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2012 às 11h42.
Brasília – O Brasil doou US$ 200 mil (aproximadamente R$ 405 mil) para a reconstrução de casas e mercados populares na Costa do Marfim, no Noroeste da África, país afetado desde o fim de 2010 por uma guerra civil, encerrada em 2011.
A quantia doada pelo governo brasileiro será administrada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e aplicada, especialmente, na Região Oeste do país, uma das mais atingidas pelos conflitos.
O objetivo da ajuda humanitária, segundo o governo brasileiro, é estimular o retorno e a reintegração de parte da população refugiada, que se deslocou para outras áreas do país e Estados vizinhos, como Gana, a Guiné, o Togo, Mali, Benin e Burkina Faso. Estimativas do Comitê Internacional da Cruz Vermelha mostram que há cerca de 1 milhão de refugiados do conflito.
A crise política, que se desdobrou em crise social e humanitária na Costa do Marfim, começou no fim de 2010, depois do resultado do segundo turno das eleições no país, quando o candidato da oposição Alassane Ouattara foi escolhido para substituir o então presidente, Laurent Gbago, no poder desde 2000. Com a intervenção de forças ligadas a Gbago, não houve a transição da presidência a Ouattara, o que levou a comunidade internacional a pressionar o país pelo respeito ao resultado do pleito e à manutenção da constitucionalidade. Em abril de 2011, forças da Organização das Nações Unidas (ONU) e apoiadores de Ouattara recuperaram o poder e mantiveram a posse do presidente eleito.