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Brasil deve evitar migração de médicos do SUS para grandes centros

Organização Pan-Americana da Saúde destacou que desafio brasileiro é distribuir melhor os profissinais de saúde nas cidades pequenas do país

Especialistas concordam que faltam médicos em algumas regiões do país (Stock.xchng)

Especialistas concordam que faltam médicos em algumas regiões do país (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2011 às 13h04.

Brasília – A necessidade de mais profissionais de saúde no Brasil é clara, mas a única opção a ser implementada em curto prazo é distribuir melhor os médicos pelo país e evitar que eles deixem as pequenas cidades em busca de trabalho nos grandes centros. A avaliação é do representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Félix Rígoli.

Durante a abertura do Seminário Nacional sobre Escassez, Provimento e Fixação de Profissionais de Saúde em Áreas Remotas e de Maior Vulnerabilidade, Rígoli elogiou o esforço brasileiro para o crescimento do Sistema Único de Saúde (SUS). “É um desafio muito complexo”, disse.

O presidente do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Antônio Carlos Nardi, lembrou que os problemas relacionados à distribuição e à fixação de médicos no Brasil não se resumem a áreas remotas.

“Há escassez de profissionais com qualidade de formação e que atendam dentro dos padrões nos grandes centros, nas capitais, nas regiões metropolitanas. É uma ferida que temos que tocar e ver cicatrizada com solução”, afirmou.

A presidenta do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Beatriz Dobashi, concorda que ainda não há uma solução para a carência de médicos no Brasil. Para ela, entretanto, o país não pode ser penalizado por ter descentralizado o SUS sem ter equipes disponíveis para garantir atendimento à população. “Espero que esse esforço conjunto traga a luz no final do túnel.”

Durante o evento, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reconheceu que o SUS precisa enfrentar o que chamou de “fatores limitantes”. Para ele, a diretriz de um conjunto de iniciativas deve ser a busca da qualidade na saúde pública.

“O que estamos discutindo não é o esforço de multiplicar profissionais ou de repor peças onde não existem. É uma parte do esforço de qualificação do SUS”, disse. “Não podemos pensar que uma estratégia única vá dar conta das diversas realidades do país”, completou.

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